Açores fazem estudo para apurar origem e potencial económico de alga invasora
21 de jul. de 2022, 18:18
— Lusa/AO online
“Através do Fundo
Ambiental, vai ser feito um estudo sobre ecologia e biologia da alga
invasora que está a afetar os Açores nos últimos tempos. Temos feito
trabalhos de limpeza, mas queremos saber a origem da alga e como se
prolifera, até por razões de saúde pública”, indicou José Manuel
Bolieiro, à margem de uma reunião com Ted Waitt, da Fundação Waitt, um
dos parceiros do projeto Blue Azores, de proteção e valorização do
oceano. O presidente do Governo Regional
explicou que, além da aposta na limpeza das praias, “interessa perceber a
causa” do aparecimento da alga invasora e, “também, perceber que
utilidade pode ter para outras soluções económicas”. O
protocolo entre o Fundo Ambiental e o Governo Regional, através da
Secretaria Regional do Ambiente, foi assinado hoje, permitindo o
financiamento que permite também estudar soluções tecnológicas para
evitar o arrojamento e fazer uma limpeza com menor impacto ambiental.Orçado
em 200 mil euros, o estudo, a realizar pela Universidade dos Açores,
pretende ainda analisar o potencial de valorização da alga.Em
maio, o secretário do Ambiente e Alterações Climáticas disse que o
Governo Regional vai pedir à Universidade dos Açores um estudo para
conhecer a “espécie da alga” que tem aparecido de forma “massiva” nas
costas do arquipélago.Em declarações à
agência Lusa, Alonso Miguel considerou que a acumulação “massiva” de
algas, além de causar “desconforto” para os residentes e turistas, “tem
impactos ambientais e de saúde pública”.“É
preciso capacitar a região. Desde logo, com conhecimento do ponto vista
da ecologia desta alga que nos permita lidar melhor com esse problema e
dotar a região de uma gestão efetiva, quer em meio marinho, quer na
orla costeira, do arrojamento dessa alga”, declarou.O
governante explicou que os resultados científicos desse estudo “serão
fundamentais para preparar a região para essa nova realidade, que é a de
lidar com a ocorrência massiva desta alga, que já foi identificada em
várias ilhas da região”.