Açores e Marinha estabelecem bases para operação do navio Azores Ocean
15 de out. de 2025, 16:59
— Lusa/AO Online
O
navio é “uma das mais relevantes infraestruturas” do Cluster do Mar dos
Açores, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).Segundo
uma nota divulgada pelo executivo açoriano, a chegada
da embarcação ao arquipélago está prevista para o final de 2025, altura
em que será integrado na estratégia regional de desenvolvimento
científico e tecnológico ligado ao mar, em articulação com o futuro
centro de investigação Tecnopolo – Martec, a construir na cidade da
Horta, no Faial.Com cerca de 20 milhões de
euros de investimento, o Azores Ocean foi concebido como uma plataforma
de investigação moderna, tecnologicamente avançada e energeticamente
eficiente, com propulsão diesel-elétrica, autonomia de 15 dias e
capacidade para 30 pessoas embarcadas. Equipado
com laboratórios, centro de dados e sistemas acústicos de mapeamento
até 5.000 metros de profundidade, o navio permitirá missões de prospeção
biológica, biotecnológica e energética, contribuindo para a produção de
conhecimento e inovação científica, explica ainda o Governo Regional.Na
cerimónia, na cidade da Horta, o presidente do Governo dos Açores, José
Manuel Bolieiro, sublinhou que “o Azores Ocean servirá Portugal
inteiro”, destacando que esta plataforma “consolida o papel da região no
campo da investigação e traduz a visão atlântica de um país que
valoriza o conhecimento e a sustentabilidade”.“Somos
mais mar que terra e estamos potenciando com ciência um país atlântico
com relevância no mundo”, disse o chefe do executivo, citado na nota,
realçando o contributo do arquipélago na defesa da biodiversidade e no
avanço das políticas de conservação marinha.José
Manuel Bolieiro afirmou ainda que “os Açores querem ser relevantes num
futuro que se está a construir no presente, pela sustentabilidade, pela
ciência, pela investigação e pelo serviço à humanidade”, e reiterou que
este projeto é um exemplo de cooperação e de visão estratégica
partilhada entre a região e o Estado.O
Governo Regional sublinhou que este acordo “reforça a cooperação
estratégica entre as duas entidades, permitindo uma utilização mais
eficiente dos recursos públicos e garantindo a articulação entre a
investigação científica e as missões de segurança e vigilância marítima
sob jurisdição nacional”.