Autor: Lusa/AO Online
O navio é “uma das mais relevantes infraestruturas” do Cluster do Mar dos Açores, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Segundo uma nota divulgada pelo executivo açoriano, a chegada da embarcação ao arquipélago está prevista para o final de 2025, altura em que será integrado na estratégia regional de desenvolvimento científico e tecnológico ligado ao mar, em articulação com o futuro centro de investigação Tecnopolo – Martec, a construir na cidade da Horta, no Faial.
Com cerca de 20 milhões de euros de investimento, o Azores Ocean foi concebido como uma plataforma de investigação moderna, tecnologicamente avançada e energeticamente eficiente, com propulsão diesel-elétrica, autonomia de 15 dias e capacidade para 30 pessoas embarcadas.
Equipado com laboratórios, centro de dados e sistemas acústicos de mapeamento até 5.000 metros de profundidade, o navio permitirá missões de prospeção biológica, biotecnológica e energética, contribuindo para a produção de conhecimento e inovação científica, explica ainda o Governo Regional.
Na cerimónia, na cidade da Horta, o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, sublinhou que “o Azores Ocean servirá Portugal inteiro”, destacando que esta plataforma “consolida o papel da região no campo da investigação e traduz a visão atlântica de um país que valoriza o conhecimento e a sustentabilidade”.
“Somos mais mar que terra e estamos potenciando com ciência um país atlântico com relevância no mundo”, disse o chefe do executivo, citado na nota, realçando o contributo do arquipélago na defesa da biodiversidade e no avanço das políticas de conservação marinha.
José Manuel Bolieiro afirmou ainda que “os Açores querem ser relevantes num futuro que se está a construir no presente, pela sustentabilidade, pela ciência, pela investigação e pelo serviço à humanidade”, e reiterou que este projeto é um exemplo de cooperação e de visão estratégica partilhada entre a região e o Estado.
O Governo Regional sublinhou que este acordo “reforça a cooperação estratégica entre as duas entidades, permitindo uma utilização mais eficiente dos recursos públicos e garantindo a articulação entre a investigação científica e as missões de segurança e vigilância marítima sob jurisdição nacional”.