Açores disponíveis para acolher "sítio piloto" do “‘Deep Ocean Observing System'
21 de nov. de 2017, 14:24
— Lusa/AO Online
“Um
dos desafios que a Declaração de Florianópolis coloca é a possibilidade
de serem criados projetos piloto que comecem a dar corpo ao Air
Center”, disse Gui Menezes, na 2.ª Reunião Ministerial e Diálogo de Alto
Nível Indústria-Ciência-Governo sobre Interações Atlânticas, na qual
foi formalizada a criação do Centro Internacional de Investigação do
Atlântico (Air Center) nos Açores.Segundo
Gui Menezes, ao ‘Deep Ocean Observing System’, liderado por um dos
investigadores que participou na elaboração do documento que serviu de
base para a conceção do AIR Center, “poderão juntar-se outros projetos e
infraestruturas que serão lançados nos próximos anos”, como o “European
Multidisciplinary Seafloor and Water Column Observatory”, que integra o
Roteiro de Infraestruturas de Investigação europeias.Sobre
o Air Center, o secretário regional salientou que, “desde o início, o
Governo dos Açores esteve empenhado, com o Governo da República, nesta
iniciativa em prol de um projeto de investigação científica, envolvendo
inúmeros países em redor do Atlântico”.“Para
os Açores é uma honra e uma responsabilidade acolher a sede do AIR
Center e sermos, em simultâneo, um dos elos das estruturas que estarão
associadas a este centro”, declarou, garantindo que a região “está
empenhada em proporcionar todas as condições” para a sua concretização. O
governante referiu ainda que os Açores se têm destacado pelo
“conhecimento e investigação do mar profundo e do mar aberto”,
reiterando “a necessidade de explorar os recursos do Atlântico de forma
sustentável e de prever os impactos das alterações climáticas” nestes
recursos.Na
segunda-feira, o ministro da Ciência, Manuel Heitor, disse que os países
fundadores do Air Center formaram uma comissão instaladora e no sábado
será assinado o protocolo para instalar um supercomputador em Portugal
para processar dados.Em
declarações à agência Lusa a partir de Florianópolis, no Brasil, o
ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior descreveu a iniciativa
como uma "instituição orientada essencialmente para as interações
atlânticas, com uma agenda inovadora naquilo que é a integração das
tecnologias do espaço, oceânicas e para o clima integrando a ciência da
computação e no que hoje se chama a ciência dos dados". O
protocolo vai ser assinado entre a Fundação para a Ciência e
Tecnologia, a Universidade do Texas e a Universidade do Minho para
lançar as bases de computação avançada."Está
marcada uma sessão para lançar o acordo com a Universidade do Texas em
Austin para instalar um supercomputador em Portugal que ficará na
Universidade do Minho e que será um dos centros de processamento de
dados para o Air Center", relatou o governante. "Com
estes dois principais centros de computação, nos Estados Unidos e na
Europa, vamos conseguir ter o acesso a formas de cálculo rápido para
processar muita informação", especificou.A
ideia, acrescentou, é ter também em Portugal um núcleo para o
processamento de dados ligado às questões atmosféricas que afetam os
oceanos.