Açores defendem programas da UE para transporte de pessoas e mercadorias
22 de jan. de 2025, 15:32
— Lusa/AO Online
Artur Lima, citado
numa nota de imprensa,
especificou que os Açores enfrentam “desafios únicos devido à sua
condição arquipelágica”, o que “acarreta limitações logísticas,
económicas e de mobilidade”. Face às
dificuldades com que é confrontado o arquipélago, considerou, devem ser
adotados programas de apoio ao transporte de pessoas e mercadorias, que
“facilitem a mobilidade entre ilhas e entre estas e o continente
europeu”.O governante intervinha na terça-feira na conferência intercalar dos presidentes das regiões ultraperiféricas (RUP).Para
o responsável pela cooperação externa do Governo dos Açores, nos
setores da agricultura e pescas os programas de apoio ao desenvolvimento
são determinantes para se prosseguir o “caminho da autossuficiência
alimentar”. Apesar de os Açores serem
beneficiários de políticas da UE, sublinhou, também desempenham um
“papel ativo na construção de uma estratégia marítima”, na qual se
destaca o “passo inovador de estabelecer a maior rede de áreas
protegidas do Atlântico Norte, cobrindo 287.000 quilómetros quadrados”.Em
causa, sublinhou, está “um compromisso sério com a proteção dos
oceanos” e uma “demonstração clara de que se pode liderar pelo exemplo”,
mantendo-se os Açores numa “posição privilegiada para contribuir de
forma extraordinária para o Pacto Europeu dos Oceanos”.“Este é o nosso compromisso. Almejamos o devido benefício”, frisou.Artur
Lima referiu ainda a necessidade de o POSEI – Programa de opões
específicas para fazer face ao afastamento e à insularidade ter, na
vertente agrícola, um “orçamento suficiente para reforçar a coesão
socioeconómica das comunidades rurais”. O
vice-presidente do Governo dos Açores sinalizou, por outro lado, os
inúmeros desafios da Europa em matéria de defesa e segurança e
considerou válida a perspetiva de investir na competitividade e
inovação, mas rejeitou “qualquer proposta que sugira que o aumento de
investimentos nesses domínios deva ser feito à custa dos recursos
financeiros destinados à coesão, à agricultura ou às pescas”. “É
preciso ter em atenção esta situação e nós, como representantes das
regiões ultraperiféricas, devemos mobilizar os nossos esforços nesse
sentido”, disse.