Açores com programa para apoiar certificação de produtos com origem na madeira
22 de jan. de 2018, 15:18
— Lusa/AO online
"Face
à importância que este selo tem do ponto de vista de notoriedade e de
valorização daquilo que se vende é criado um programa de apoio às
empresas que se pretendam certificar na sua cadeia de responsabilidade”,
afirmou esta segunda-feira o secretário regional da Agricultura e Florestas, após uma
visita à 'startup' MiiCasa que está instalada no Nonangon – Parque de
Ciência e Tecnologia de São Miguel, na Lagoa.João
Ponte adiantou que o programa será disponibilizado em fevereiro para
todas as empresas que se pretendam certificar e que serão co-financiadas
em função do seu volume de negócios.As
empresas empreendedoras e 'startups' terão uma taxa de co-financiamento
próxima dos 100%, acrescentou o governante, destacando que a medida é
uma aposta do executivo para que todas as empresas que estão na fileira
da madeira e que se pretendem certificar pelo selo FCS tenham um
mecanismo de apoio importante.De
acordo com o secretário regional da Agricultura e Florestas, há duas
empresas na região que já estão certificadas no abate, corte e colocação
da madeira no mercado e agora quem trabalha a madeira passa a ter este
apoio."Este
programa que vai ser disponibilizada é um caminho para uma maior
valorização e notoriedade da madeira de criptoméria e dos produtos que
resultam da sua utilização em mercados que exigem este tipo de selo",
sublinhou.Até
ao momento já foram colocados a concurso em São Miguel mais de 500
hectares de criptoméria certificada, grande parte para exportação,
indicou ainda o governante. Sónia
Pereira, da MiiCasa, que faz produtos utilizando a criptoméria dos
Açores, salientou a aceitação do público a este tipo de produtos. "A
nossa criptoméria tem características fantásticas para estar no mundo
do modelismo que acrescenta valor à matéria prima", salientou a
empreendedora, que já elaborou, por exemplo, a maqueta do Palácio de
Santana e recentemente a do Coliseu Micaelense, ambos em Ponta Delgada,
tudo 100% em madeira de criptomérias.Sónia
Pereira referiu-se ainda à evolução da empresa desde que esta ganhou o
concurso regional de empreendedorismo em 2012, o que permitiu a
instalação do 'atelier' com uma vertente ligada à arquitetura, a sua
formação.As
malas, cuja matéria prima são a criptoméria e têm como base a fibra de
ananás, embora ainda não natural dos Açores, são o último projeto em que
o 'atelier' apostou e que pretende exportar para o Qatar ou França.