Açores com novo recorde de dormidas turísticas apesar de três meses de quebra
Hoje 11:51
— Lusa/AO Online
Entre
janeiro e novembro deste ano, os Açores registaram 4,4 milhões de
dormidas em alojamentos turísticos, o que representou um crescimento de
4,6% face ao período homólogo, com o número de hóspedes a somar 1,3
milhões, mais 3,8% do que em igual período de 2024, com uma estada média
de 3,33 noites (mais 0,7%).Em 2024, a região tinha batido pelo terceiro ano consecutivo um recorde, com 4,3 milhões de dormidas.Segundo
os dados do SREA, “em novembro, no conjunto dos estabelecimentos de
alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço
rural) dos Açores registaram-se 182,4 mil dormidas, valor inferior em
6,8% ao registado no mês homólogo”.Esta é a
terceira descida homóloga consecutiva, depois de 18 meses de
crescimento no número de dormidas turísticas no arquipélago.Em setembro, a região tinha registado um decréscimo homólogo de 1,2% e de 2% em outubro.Pelo
oitavo mês consecutivo, o número de dormidas de turistas nacionais nos
Açores baixou face ao período homólogo. Em novembro foram menos 7%,
totalizando 84,5 mil dormidas (46,4% do total).Residentes
no estrangeiro representaram mais de metade (53,6%) das dormidas
registadas neste mês, atingindo 97,8 mil, um decréscimo de 6,6% em
termos homólogos.Entre os mercados
externos, a Alemanha foi o maior mercado emissor, em novembro, com 19,3
mil dormidas (19,7% das dormidas de residentes no estrangeiro),
apresentando, ainda assim, uma quebra de 3,2% face a novembro de 2024.Em
segundo lugar, surgem os Estados Unidos da América, com 16,8 mil
dormidas (17,2%), apresentando uma redução de 18,1%, e em terceiro o
Canadá, com 13,7 mil dormidas (14%), que cresceu 8,1% face a novembro de
2024.Hungria (92,7%), Polónia (33,4%) e
Áustria (16,1%) foram os mercados com maior crescimento homólogo,
enquanto Chéquia (-43,4%), Eslováquia (-41,7%) e Brasil (-36,2%)
apresentaram as maiores quebras.Com 124,3
mil dormidas, a hotelaria concentrou 68,1% da totalidade de dormidas
turísticas no arquipélago em novembro, seguindo-se o alojamento
local, com 51,6 mil dormidas (28,3%), e o turismo no espaço rural, com
6,5 mil dormidas (3,6%).As três tipologias
registaram uma redução homóloga de dormidas neste mês. A mais
expressiva ocorreu no alojamento local (-15,4%), seguindo-se o turismo
no espaço rural (-6,6%) e a hotelaria (-2,7%).Considerando
apenas hotelaria e alojamento local, que concentraram 96,4% das
dormidas, em novembro, só as ilhas Graciosa (24,4%) e Santa Maria (2,6%)
apresentaram um aumento de dormidas face ao período homólogo.O Corvo foi a ilha que registou a maior quebra (-30,5%), seguindo-se Flores (-20,6%), Pico (-12,6%) e Terceira (-12,1%).O Faial verificou um decréscimo de 12%, São Jorge de 7,8% e São Miguel de 4,9%.Com
127 mil dormidas, a ilha de São Miguel, a maior do arquipélago,
concentrou 72,2% do total de dormidas da hotelaria e alojamento local
nos Açores, em novembro, seguindo-se as ilhas Terceira, com 27,6 mil
dormidas (15,7%), Faial, com 8,7 mil dormidas (4,9%), e Pico, com 5,7
mil dormidas (3,2%).O mercado nacional
destacou-se com maior peso nas dormidas nas ilhas Graciosa (85,9%),
Corvo (78,0%), São Jorge (73,6%), Santa Maria (70,6%), Terceira (65,1%) e
Faial (61,3%).Entre os mercados externos,
o alemão foi o principal mercado nas ilhas do Pico (17,6%), São Miguel
(11,5%), Faial (8,1%) e Graciosa (5,1%), enquanto o espanhol se destacou
nas Flores (17,1%).O mercado dos Estados
Unidos teve mais peso na Terceira (9,8%) e em Santa Maria (5,4%), o do
Canadá em São Jorge (6,3%) e o dos Países Baixos no Corvo (3,9%).Na
hotelaria, a taxa líquida de ocupação por cama atingiu 32,2% em
novembro (menos 2,4 pontos percentuais), mas os proveitos totais subiram
2,9%, para 7,7 milhões de euros.O turismo
no espaço rural apresentou uma taxa líquida de ocupação por cama de 16%
(menos 0,6 pontos percentuais) e proveitos totais de 593,3 mil euros
(menos 8,8%).No alojamento local, não são
apresentados dados sobre os proveitos, mas a taxa bruta de ocupação por
cama foi de 18,6% (menos 2,5 pontos percentuais).Segundo
o relatório, 63,3% dos estabelecimentos de alojamento local ativos
reportaram que não tiveram movimento de hóspedes em novembro, mais 3,8
pontos percentuais do que no mesmo mês em 2024.