Açores com estabelecimentos encerrados e proibição de circulação no Carnaval
Covid-19
4 de fev. de 2021, 13:40
— Lusa/AO Online
“O Conselho de Governo determinou que a partir
das 20h00 de 12 de fevereiro, isto é, da sexta-feira antes do Carnaval,
serão encerrados todos os estabelecimentos de comércio não-essencial e
serão encerrados todos os estabelecimentos de restauração, bebidas e
similares, com exceção de ‘take-away’ e serviço ao domicílio”, adiantou
Clélio Meneses.O governante falava, em
Angra do Heroísmo, numa conferência de imprensa de apresentação da
atualização das medidas restritivas para combater a Covid-19 nos Açores.Segundo
o secretário regional da Saúde, estão previstas ainda “a proibição de
todas as festividades ligadas ao Carnaval e a proibição de circulação na
via pública entre as 20h00 e as 05h00”, nesse período. “São
medidas objetivamente restritivas, mas são as necessárias para evitar
aglomerados e comportamentos de risco. E são seguramente as medidas
necessárias e adequadas para termos um grande Carnaval em 2022”, frisou.Clélio
Meneses justificou a decisão com o facto de terem chegado ao
conhecimento da “organizações informais” em várias ilhas para esse
período.“Isto não é propício ao tempo que
vivemos. Vivemos um tempo de grande risco, em que tem de haver uma
grande contenção, porque qualquer distração, qualquer descuido pode
levar a que aquilo que está a ser o bom resultado do comportamento da
generalidade dos açorianos fique prejudicado”, sublinhou.No
dia em que arranca uma nova fase de vacinação contra a Covid-19 nos
Açores, o secretário regional da Saúde disse que “foram dadas instruções
claras, objetivas e rigorosas para o cumprimento escrupuloso dos
critérios de vacinação por todas as entidades responsáveis pela
respetiva administração”.Questionado sobre
o ponto da investigação sobre possíveis violações do critério de
administração de vacinas nos Açores, Clélio Meneses disse que essas
situações ainda estão a ser apuradas. “As
listagens já foram entregues e estamos neste momento a fazer esta
avaliação para posteriormente avançar com algum eventual processo de
inquérito que responsabilize as pessoas que acabaram por ter esses
comportamentos de violação dos critérios”, adiantou.O
governante sublinhou que a comprovarem-se irregularidades serão
“situações de exceção”, destacando a “forma positiva e responsável como a
esmagadora maioria das vacinas está a ser administrada”.“Pelo
que se ouve, há casos em que é referido que para não desperdiçar uma
vacina foi administrada à pessoa que estaria mais próxima, mas tudo isso
vai ser apurado para perceber se existe ou não alguma responsabilidade
disciplinar por quem o fez”, apontou.