Açores com 13 zonas húmidas classificadas com aproximadamente 13 mil hectares
3 de fev. de 2025, 16:30
— Lusa/AO Online
Os
pântanos, charcos, lagos, rios e pauis fazem parte das designadas zonas
húmidas, importantes para a conservação da biodiversidade e para a
regulação do clima.Citado numa nota de
imprensa do Governo Regional, o secretário regional do
Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, recorda que nos Açores existem
atualmente 13 zonas húmidas classificadas como sendo de Importância
Internacional, no âmbito da Convenção de Ramsar, atendendo à sua
"raridade no contexto internacional, e nomeadamente no contexto da
região biogeográfica, a Macaronésia", que representam "uma área de
aproximadamente 13 mil hectares".No âmbito
do Dia Mundial das Zonas Húmidas, que se celebra a 02 de fevereiro, a
secretaria regional do Ambiente e Ação Climática adianta que decorrem
atividades para assinalar a efeméride, sob o tema “Proteger as Zonas
Húmidas para o Nosso Futuro Comum”.Alonso
Miguel destaca ainda a importância das zonas húmidas para a regulação do
ciclo hidrológico, a recarga de aquíferos, o controlo de inundações, a
retenção de nutrientes, a produção de biomassa, e para a mitigação dos
efeitos das alterações climáticas, "mais concretamente no que se refere
ao sequestro de carbono da atmosfera”.O
governante refere-se, em concreto, ao projeto 'LIFE IP AZORES NATURA',
que é "o maior projeto de conservação da natureza alguma vez
desenvolvido nos Açores, com uma dotação superior a 19 milhões de
euros".A 02 de fevereiro assinala-se
igualmente o Dia Nacional do Vigilante da Natureza, tendo o secretário
regional evidenciado o contributo destes profissionais na conservação da
natureza e a ação que desenvolvem de sensibilização das populações.Recentemente
foi feito um reforço dos meios à disposição do corpo de vigilantes da
natureza, com "a contratação de mais 12 efetivos e com a aquisição de
equipamentos essenciais para a sua atuação, como viaturas ‘pick-up’,
embarcações pneumáticas e maquinaria, num investimento de cerca de um
milhão de euros", acrescenta Alonso Miguel.“Foram
também promovidas diversas formações e adquiridos drones para cada um
dos nove Serviços de Ambiente e Ação Climática, representando um
investimento de cerca de 60 mil euros, e que estão ao dispor do corpo de
Vigilantes da Natureza”, acrescenta.Para
assinalar as efemérides, a secretaria regional do Ambiente e Ação
Climática está a dinamizar, entre 31 de janeiro e 07 de fevereiro,
atividades direcionadas para a comunidade escolar em todas as ilhas, com
o objetivo de sensibilizar para a importância das zonas húmidas na
preservação da biodiversidade e dar a conhecer as funções de
fiscalização e monitorização desempenhadas pelos vigilantes da natureza.