Açores aprovam sistema de comunicação e alerta de risco em situações de emergência
12 de jul. de 2024, 16:05
— Lusa/AO Online
“O que se pretende é
estabelecer um mecanismo eficiente e abrangente de comunicação para
situações de emergência, através de um aviso da Proteção Civil,
destinado a fornecer à população informação relacionada com evento ou
situação de risco, e sobre as medidas de autoproteção a adotar, visando
proteger a vida e a integridade dos cidadãos”, justificou o secretário
regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, durante a
apresentação da proposta no parlamento regional.O
diploma agora aprovado no arquipélago, adapta à região do sistema
nacional de monitorização e comunicação de risco, aprovado pela
Assembleia da República e que já está em vigor em território nacional,
que determina o alerta especial e aviso à população em caso de
catástrofe.“A criação deste sistema de
monitorização e de alerta, torna-se, mais do que nunca, uma necessidade
imperativa, para garantir que os cidadãos estão bem informados e
preparados para agir rapidamente em situações de emergência”, adiantou o
titular da pasta da Proteção Civil no arquipélago.Segundo
o governante, este sistema consiste na criação de múltiplos canais de
comunicação, incluindo mensagens de texto, SMS, alertas em rádio e
televisão, bem como notificações em aplicações para smartphones e redes
sociais, que permitam difundir, de forma rápida, informações precisas e
orientações claras sobre as medidas a serem adotadas.“Uma
população bem informada e preparada é a chave para minimizar o impacto
de uma catástrofe, ou para reduzir os riscos associados a fenómenos
extremos, como os que têm atingido o arquipélago nos últimos anos,
intensificados pelas alterações climáticas, como tempestades e furacões,
cheias, inundações, galgamentos costeiros”, adiantou Alonso Miguel.O
parlamento açoriano aprovou também, mas apenas com os votos favoráveis
dos partidos que formam o Governo (PSD, CDS-PP e PPM), uma proposta da
Chega, cuja discussão já tinha tido início na quinta-feira, que propõe
que seja dada prioridade no acesso às creches a crianças cujos pais
estejam ambos a trabalhar, devido à escassez de vagas que se tem
verificado na região.A proposta,
considerada “preconceituosa” e “discriminatória” por parte dos partidos
de esquerda com assento parlamentar, teve o voto contra das bancadas do
PS, do Bloco de Esquerda e do PAN e a abstenção da Iniciativa Liberal,
que não foram, no entanto, suficientes, para chumbar a medida.