Açores aprovam em breve novo regime jurídico para regular a atividade de polícia florestal
14 de ago. de 2019, 12:02
— Lusa/AO Online
“A regulação
do exercício das funções de polícia florestal comporta aspetos
complexos e sensíveis, como seja o poder de autoridade, o uso da força e
o porte de arma, que exigiram muita reflexão e ponderação jurídica”,
disse o secretário regional da Agricultura e Florestas, João Ponte.O
governante falava à margem de um módulo de formação de novos guardas
florestais, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, salientando que o
objetivo de todo este processo é regular o exercício desta carreira na
região.Segundo uma nota do executivo
regional socialista, a carreira profissional de guarda florestal foi
iniciada no arquipélago em 1948, aquando da instalação dos Serviços
Florestais na Região, com o objetivo de implementar a lei que submetia
ao regime florestal os baldios mais próprios para a cultura florestal.Citado
na nota, o secretário Regional da Agricultura e Florestas salientou a
importância da atividade dos guardas florestais, "uma classe
profissional que, diariamente, está no terreno e dá um contributo muito
grande na preservação da floresta, no acompanhamento de trabalhos de
reflorestação, no levantamento de autos de notícia por infrações e na
fiscalização das questões ligadas à caça", e no processo de construção e
manutenção de caminhos florestais.O
Governo Regional reforçou o número de guardas florestais no arquipélago
com a entrada de 12 novos elementos, o que corresponde a uma renovação
geracional de quase 19% nesta classe profissional.Ainda
de acordo com o Governo dos Açores, "entre os 109 candidatos que
concorreram ao concurso público para guardas florestais foram admitidos
14, mas registaram-se duas desistências, pelo que apenas 12 estão a
frequentar esta formação". “Trata-se de
uma formação com uma componente teórico e outra prática, muito útil para
o cabal desempenho das funções destes novos profissionais, com duração
de seis meses cada uma, sendo que a conclusão está prevista para agosto
de 2020", adiantou João Ponte, referindo que, no total, estão em causa
970 horas de formação, ao longo de 132 dias.Assim,
com a entrada ao serviço destes novos profissionais, os Açores passam a
contar com 65 guardas florestais, sendo 54 homens e 11 mulheres, com
uma média etária de 42 anos.