Governo dos Açores apresenta programa "Casa Renovada, Casa Habitada"
15 de fev. de 2019, 19:30
— Lusa/AO Online
“As
propostas apresentadas no diploma tiveram em conta os novos desafios
que se colocam às famílias e à administração pública regional, por via
do impacto que a atual conjuntura social e económica tem provocado no
mercado de arrendamento e também na vida das famílias açorianas”, disse a
secretária regional da Solidariedade Social, Andreia Cardoso.A
governante falava numa conferência de imprensa em Ponta Delgada, São
Miguel, onde apresentou o programa “Casa Renovada, Casa Habitada”, já
aprovado em Conselho de Governo e que “será muito brevemente” levado à
discussão na Assembleia Legislativa Regional.A
novidade vai para "a possibilidade de apoio financeiro para obras de
reconversão de imóveis devolutos em imóveis com condições para integrar o
mercado de arrendamento", segundo explicou Andreia Cardoso,
acrescentando que esta modalidade "garante um apoio de 100% do orçamento
da intervenção e reveste a forma de subsídio reembolsável sem juros"."O
imóvel recuperado será usado pela região para arrendamento de longa
duração, isto é, durante o período necessário para o reembolso total do
apoio à região, pelo financiamento da sua reabilitação”, destacou.Por
sua vez, as alterações previstas no apoio financeiro à reabilitação da
habitação própria permanente revestem a forma de subsídio reembolsável e
não reembolsável às famílias cuja situação socioeconómica não lhes
permita procederem às intervenções necessárias para a sua recuperação.Andreia
Cardoso salientou que naquela modalidade "é também assegurado um apoio a
100%, sendo que os candidatos com melhores condições económicas terão
de reembolsar a região de uma parte do apoio"."Esse
reembolso será feito em prestações mensais que serão calculadas tendo
em conta as despesas que os agregados já têm com a habitação candidata e
corresponderá até um máximo de 30% da totalidade do valor das obras,
para não impor taxas de esforço muito elevada", precisou, referindo que
"a comparticipação financeira poderá ser majorada nos casos em que o
agregado familiar do candidato integre pessoas portadoras de
deficiência, idosos ou três ou mais descendentes".As habitações nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo também serão majoradas."Sendo
aprovado, este programa vai permitir dar resposta às famílias que vivem
em situação de grave carência habitacional, garantir o acesso à
habitação aos que não têm resposta por via do mercado de arrendamento,
fazer com que a reabilitação seja uma forma de intervenção ao nível do
edificado e do desenvolvimento urbano", enfatizou.A
secretária regional da Solidariedade Social salientou que "na
legislatura 2012-2016 foram investidos quase 50 milhões de euros no
setor da habitação" em "apoios diretos a cerca de quatro mil famílias" e
na atual legislatura "quase 3.500 famílias", num investimento "de mais
de 27 milhões de euros".