Autor: LUSA/AO online
O anúncio foi feito hoje, na cidade da Horta, pelo secretário regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga, que revelou também as obrigações de serviço público a que os operadores concorrentes estarão sujeitos.
"Pretende-se ter um sistema que seja capaz de aumentar, com eficiência, a mobilidade de todos os açorianos, que contribua para o desenvolvimento do mercado interno e que simultaneamente promova a intermodalidade", explicou.
Os operadores que concorrerem às novas obrigações de serviço público terão de assegurar o transporte marítimo regular de passageiros e viaturas, durante todo o ano, nas ilhas do Grupo Central (Faial, Pico, São Jorge, Graciosa e Terceira) e no Grupo Ocidental (Flores e Corvo), assim como o transporte sazonal, de maio a setembro, entre todos os grupos de ilhas da região.
"Queremos um transporte marítimo que responda com fiabilidade, regularidade, rapidez, conforto e eficiência", insistiu Vitor Fraga, adiantado que as obrigações em causa vão vigorar entre outubro de 2015 e dezembro de 2016.
Uma das novidades das novas obrigações (em relação ao serviço atualmente prestado pelas empresas públicas Atlânticoline e Transmaçor) é a "intermodalidade", ou seja, a coordenação com o transporte aéreo.
Segundo o secretário regional, o operador terá de "ajustar" os seus horários com os da SATA (a transportadora aérea regional), no sentido de facilitar a "intermodalidade" dos passageiros. Terá ainda de oferecer um serviço de "bagagem e carga integrada".
"Queremos que o operador tenha disponível para os seus utilizadores a faculdade de despacharem a sua bagagem no ponto de partida, seja ele por via do transporte marítimo ou aéreo, e que recolham a sua bagagem no destino final", frisou.
Atualmente, mais de 400 mil passageiros utilizam anualmente as carreiras marítimas regulares entre as ilhas do Grupo Central, ao passo que o transporte sazonal movimenta cerca de 190 mil passageiros.