Açores acolhem pela primeira vez maratona de programação dedicada a desafios sociais
17 de set. de 2020, 17:27
— Lusa/AO Online
“O
Hack 2 Emerge é um ‘hackathon’ que está muito alinhado com os
princípios e os objetivos para o desenvolvimento sustentável das Nações
Unidas. É uma pareceria nossa com a fundação Calouste Gulbenkian, que já
há alguns anos vem a promover este evento. É o primeiro momento em que
ele acontece nos Açores”, avançou, em declarações à Lusa, o diretor
executivo do Terinov, Duarte Pimentel.Os
‘hackathons’ são “maratonas de programação e desenvolvimento”, que
habitualmente têm como objetivo a procura de soluções, num curto espaço
de tempo, para dar resposta a desafios tecnológicos, mas neste caso há
um foco nos desafios sociais.“O nosso
objetivo é mobilizar as componentes da tecnologia, mas também do
interface do utilizador e das próprias estratégias de marketing para a
resolução de problemas sociais”, frisou Duarte Pimentel.Durante
30 horas seguidas, 10 equipas, compostas por três elementos das áreas
da programação, do design e do marketing, vão finalizar os projetos que
já começaram a desenvolver.No final, farão apresentações curtas de cinco minutos e a equipa vencedora receberá um prémio de 2.000 euros.Segundo
Duarte Pimentel, a adesão ao Hack 2 Emerge foi grande, mas a pandemia
da covid-19 obrigou a organização a reduzir a participação a 10 equipas,
num total de 30 participantes, “praticamente todos da ilha Terceira”.“Demonstra
que começamos a ter capacidade instalada ao nível da programação, ao
nível do design, ao nível do marketing e acima de tudo malta muito jovem
e isso é algo que nos deixa muito satisfeitos”, salientou.Apesar
de não ser obrigatória a utilização do prémio monetário na
implementação do projeto vencedor, o diretor executivo do Terinov
acredita que muitas das ideias a concurso serão colocadas em prática.“Tendo
em conta algum conhecimento que temos dos projetos, qualquer um deles é
capaz de ganhar outra vida e de efetivamente se estabelecer e de
contribuir de forma efetiva para estes desafios societais que estamos a
viver. O objetivo é que o projeto que saia daqui possa continuar a dar
essa resposta”, afirmou.Há três anos que a
fundação Calouste Gulbenkian desenvolve um evento deste género, o Hack 4
Good, do qual já resultaram “mais de 100 ideias” e “muitos dos projetos
vencedores tiveram continuidade”. Segundo
Duarte Pimentel, a parceria com a fundação Calouste Gulbenkian é para
manter e a maratona de programação é uma iniciativa a repetir.“O
nosso objetivo é que o Hack 2 Emerge passe a ser uma marca do Terinov
que se prolongue no tempo e que anualmente possamos promover este
evento”, frisou.O Hack 2 Emerge arranca na
sexta-feira, às 20:00, com um jantar convívio, iniciando-se às 21:30, a
maratona de 30 horas de programação, no Parque de Ciência e Tecnologia
da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo.Os
participantes terão oportunidade de estrear o jogo Keo, desenvolvido
pelo estúdio de videojogos Redcatpig, e de assistir a um concerto da
cantora e compositora micaelense Sara Cruz, agenciada pela Nine Media
Company. As duas empresas estão instaladas no Terinov.