Acordo sobre a reforma das pescas acautelou interesses de Portugal
17 de mai. de 2013, 14:23
— Lusa/AO Online
Os ministros das Pescas da União Europeia alcançaram na quarta-feira, depois de dois dias de reuniões, um acordo sobre a sua posição em relação à reforma da Política Comum para negociarem o texto final com o Parlamento Europeu.
“Na nossa perspetiva foi um consenso positivo. Era necessário ultrapassar alguns bloqueios sob pena de não conseguirmos chegar a uma reforma que caminha para uma sustentabilidade do uso dos recursos do mar, caminha para uma pesca responsável, baseada em dados científicos”, sublinhou a ministra, à margem da 4.ª Edição do Concurso Nacional Kit do Mar.
“Todos estamos interessados em ter um bom equilíbrio entre as dimensões económica, social e ambiental. Sabemos que temos de preservar o peixe para que ele continue a existir nas nossas águas e isto tem consequências ao nível da regulação. (O acordo) foi positivo para Portugal, as nossas principais preocupações ficaram acauteladas”, acrescentou.
Entre as questões que Portugal queria salvaguardar estavam o tempo de adaptação ao fim das capturas acessórias e das rejeições de peixes, que pretende diminuir o desperdício, o limite mínimo legal das rejeições, o rendimento máximo sustentável, ou seja, a quantidade de capturas que garanta a sustentabilidade dos ‘stocks’ e assegurar a representação das organizações de pescas nos conselhos consultivos.
Questionada sobre se o INE já prestou os esclarecimentos pedidos quanto ao aumento de mais de 50% de desempregados na agricultura, no primeiro trimestre do ano, Assunção Cristas assinalou que o INE também mostrou “estranheza” com os números.
“[O INE] está a acompanhar a situação porque, de facto, não corresponde àquilo que foi a evolução [do emprego] em 2012 e precisa de ser vista nos próximos meses”, adiantou a governante.
O Concurso Nacional Kit do Mar realiza-se desde 2008 e envolveu este ano mais de 75 mil alunos, 135 municípios e 1.300 professores, disse ainda a ministra, para quem este projeto permite desenvolver a identidade marítima de Portugal “desde a mais tenra idade”.
Durante o dia de hoje vão se apresentados no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, os cinco trabalhos finalistas de cada categoria (Pré-Escolar, 1.º Ciclo, 2.º Ciclo, 3.º Ciclo e Secundário).