Acordo na UE é "boa notícia" mas é preciso dar "novo fôlego" às empresas
Covid-19
11 de dez. de 2020, 11:57
— Lusa/AO Online
Pedro Siza
Vieira falava no parlamento, no início do primeiro debate setorial, após
a revisão do regimento da Assembleia da República, que incide sobre uma
área, neste caso a Economia, e segue o modelo dos debates com o
primeiro-ministro em que o Governo responde, uma a uma, às perguntas dos
deputados. O ministro do Estado, da
Economia e da Transição Digital realçou as "boas notícias em diversas
frentes" dos últimos dias, como o arranque dos programas de vacinação e
"a boa notícia do Conselho Europeu com a conclusão do acordo relativo ao
orçamento plurianual e a aprovação do programa Next Generation EU", mas
defendeu que nesta fase ainda é preciso apoiar as empresas."Ainda
assim, percebemos que é preciso um apoio acrescido nesta fase decisiva,
nesta fase em que começamos a ver luz ao fundo do túnel ao nível
sanitário e temos boas notícias em diversas frentes", sublinhou Siza
Vieira."Agora é preciso dar um novo fôlego
às empresas para atravessarem estes meses que ainda restam até à
completa normalização sanitária", acrescentou o ministro da Economia. Siza
Vieira lembrou as novas medidas de apoio às empresas aprovadas na
quinta-feira no Conselho de Ministros, como a prorrogação do apoio à
retoma progressiva que passa a permitir que as retribuições dos
trabalhadores sejam pagas a 100% "sem esforço adicional às empresas" e o
alargamento aos sócios-gerentes. O
ministro considerou que esta é "uma fase crítica" da situação sanitária
social e económica, no final de um ano "difícil" com medidas
restritivas, sublinhando que as empresas fizeram um "percurso de grande
resistência".Desde março, o Estado avançou
com cerca de 22 mil milhões de euros de apoios à economia e ao emprego,
dos quais 2.790 milhões com financiamento a fundo perdido, destacou
Siza Vieira, acrescentando que Portugal foi "provavelmente o país que
colocou menos restrições" face à crise sanitária."São
meses melhores aqueles que vamos encontrar nos próximos tempos,
esperamos que com estes apoios possamos repor um horizonte de esperança
para as empesas, para trabalhadores e sociedade", rematou o ministro.