Acordo entre sindicato e empresa cancela greve agendada na Atlânticoline
12 de jul. de 2024, 14:59
— Lusa/AO Online
Clarimundo
Batista, do Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências
de Viagens, Transitários e Pescas, disse à agência Lusa que “as partes
entenderam-se”, na sequência de uma reunião ocorrida na quinta-feira,
relativamente ao trabalho extraordinário.O
sindicato, que representa os maquinistas da Atlanticoline, apresentou
um pré-aviso de greve, para o período de 20 de julho a 12 de agosto,
alegando que a administração da empresa não estava a cumprir com o
pagamento de horas extraordinárias nos termos acordados.A
Atlânticoline assegura, entre outras rotas, as ligações entre as
denominadas ilhas do Triângulo (Faial, Pico e São Jorge), cujo serviço é
muito procurado durante a época alta pelos turistas.Clarimundo
Batista explica que o sindicato pretendia que as horas extraordinárias
fossem pagas “após duas horas dadas à empresa”, enquanto “a empresa
tinha alterado no mês de maio para as 10 horas”.“No
nosso entender, ela [empresa] sempre pagou como tal, ou seja, o
pagamento de trabalho extraordinário a partir das duas horas, e eles
queriam 10 horas”, frisa o dirigente sindical.De
acordo com este responsável, acresce que a empresa “fazia uma
interrupção de jornada contínua, em que o trabalhador voltava duas vezes
dentro do mesmo horário de trabalho, iniciando-se o pagamento em 50% do
valor, que é a primeira hora, e as restantes a 75%”.A
questão foi ultrapassada também e a parte não paga relativa a 2024, de
diferencial entre os 50 e os 75%, vai ser devolvida com base nos
retroativos a liquidar em agosto.O acordo agora alcançado vai vigorar até final de 2025.A agência Lusa contactou a empresa Atlânticoline, mas não obteve resposta até ao momento.A
Atlânticoline transporta anualmente quase meio milhão de passageiros e
cerca de 30 mil viaturas, sobretudo entre as ilhas do Triângulo, onde
opera todo o ano, com recurso a quatro unidades - dois navios e dois
‘ferries’.