Acordo de parceria define crescimento anual do PIB açoriano entre 2,5% e 3%
6 de set. de 2023, 14:53
— Lusa
No documento, os
signatários propõem-se a “promover a convergência dos Açores com o país e
com a União Europeia com uma taxa média de crescimento real anual do
PIB [Produto Interno Bruto] de 2,5% a 3%”.O
acordo de parceria 2023/2028 foi hoje firmado pelo Governo Regional
(PSD/CDS-PP/PPM), a central sindical UGT, a Câmara do Comércio dos
Açores e a Federação Agrícola dos Açores numa cerimónia no Arquipélago –
Centro de Artes Contemporâneas dos Açores, na Ribeira Grande.A
estratégia compromete o executivo e os parceiros sociais a “triplicar,
no atual período de programação europeu, os valores executados de fundos
comunitários, atingindo os 200 milhões de euros por ano, por referência
ao período de programação anterior (em média 67 milhões de euros por
ano)”.O texto aponta ainda como objetivo a
inversão da “trajetória de aumento dos rácios da dívida pública
regional”, lembrando que tal já foi “consubstanciado em 2023” com o
endividamento zero previsto no Orçamento Regional deste ano.O
acordo ressalva, contudo, que a trajetória de redução da dívida deve
“salvaguardar situações em que o endividamento seja absolutamente
necessário, para o aproveitamento integral dos fundos comunitários”.Defende-se
a “agilização da implementação do sistema de incentivos” Construir 2030
e a criação de um “sistema de capitalização adequado ao tecido
empresarial regional”.A parceria
estratégica 2023/2028 define também a intenção de “reduzir a taxa de
abandono precoce de educação e formação, para valores não superiores a
15% em 2028”.Os signatários defendem ainda
a redução da taxa de jovens não empregados e que não estão em educação
ou formação (entre os 15 e os 35 anos), “assumindo como meta 15% para
2025”.No documento, advoga-se a
necessidade da adoção de medidas que “promovam a conciliação da vida
profissional e pessoal, nomeadamente aferindo a viabilidade de
implementação da semana de quatro dias e da flexibilização dos horários
de trabalho”.Os signatários defendem a
manutenção da redução fiscal até ao máximo permitido por lei e da Tarifa
Açores (que permite viagens aéreas interilhas a 60 euros para
residentes), duas medidas implementadas pelo atual Governo
Regional.Executivo açoriano e
parceiros sociais comprometem-se a “alargar a todos os concelhos da
região o programa de assistência no domicílio Novos Idosos” e a
“densificar meios de prevenção e de tratamento do consumo de drogas”.Na
energia, o acordo define o aumento da "produção de eletricidade
renovável para 42% em 2024 e para 61% em 2026” e uma “taxa de preparação
para a reutilização e reciclagem de resíduos urbanos de 55% em 2025”.Em
28 de agosto, o presidente do Governo dos Açores anunciou um acordo de
parceria “histórico” com os parceiros sociais para os próximos cinco
anos, que teve origem na comissão permanente de Concertação Social do
Conselho Económico e Social dos Açores.A CGTP, que tem assento naquela comissão, recusou-se a assinar o acordo de parceria.