Acordo com trabalhadores das administrações portuárias “respeita limites negociais”
4 de jun. de 2018, 13:58
— Lusa/AO online
“Esta
posição equilibrada a que as partes agora chegaram respeita os limites
negociais determinados pelo XXI Governo Constitucional da República para
as diferentes negociações que ocorrem nos vários setores e representa a
retoma do dinamismo do diálogo social a todos os níveis”, refere o
Ministério do Mar em comunicado, adiantando que foi igualmente levantada
a greve ao trabalho extraordinário iniciada em 29 de maio.Num
outro comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das
Administrações e Juntas Portuárias (SNTAJP) explicou que, após ter sido
alcançado um acordo quanto ao desbloqueamento do processo de revisão do
Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), “deixou de haver fundamento para a
greve declarada por este Sindicato para o período desde as 00:00 horas
do dia 04 de junho até às 24:00 horas do dia 08 de junho, pelo que foi
decidido proceder ao levantamento da referida greve".A
Associação dos Portos de Portugal (APP), que integra todas as
Administrações Portuárias (AP), por seu lado, dá nota de que “na
sequência de diálogo promovido pelo Ministério do Mar, foi alcançado
acordo entre as AP e o SNTAP” sobre o desbloqueamento do processo de
revisão do ACT, pelo que a greve foi “atempadamente desconvocada”.“A
atividade portuária decorre normalmente em todos os portos do país, não
existindo qualquer paralisação no trabalho portuário”, esclarece ainda.O
Governo refere ainda no comunicado que, “após se lograrem as
negociações relativas ao processo negocial de revisão do Acordo Coletivo
de Trabalho no âmbito do grupo de trabalho constituído através do
Despacho conjunto n.º 4038/2018, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino,
conduziu pessoalmente um processo de concertação com todas as partes
envolvidas que permitiu um clima de paz laboral, sem perturbação da
atividade dos portos nacionais”.No
aviso prévio de greve, o SNTAJP explicava que a greve que se iniciava
hoje tinha como objetivo reivindicar a assinatura do ACT conseguido em
dezembro passado.Em
curso estava ainda, por tempo indeterminado, uma greve ao trabalho
extraordinário, que começou à meia-noite da passada terça-feira.A
greve abrangia “todas e quaisquer operações e atividades” dos
funcionários dos portos de Viana do Castelo, Douro e Leixões, Aveiro,
Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines, regiões autónomas da Madeira e
dos Açores e do terminal de granéis líquidos de Sines.