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“Acho que escrevemos uma página bonita no automobilismo açoriano”

Rafael Botelho conquistou, no sábado, o “muito ambicionado” bicampeonato dos Açores nas 2 Rodas Motrizes, um título que é fruto de uma “época fantástica”


Autor: André Medina

Rafael Botelho alcançou, no passado sábado, o “muito ambicionado” bicampeonato dos Açores nas 2Rodas Motrizes (2RM). No 1.º Rali D’Angra - 46.º Ilha Lilás, o piloto do Team Lotus assegurou a conquista do  seu segundo bicampeonato e o quarto cetro da sua carreira, depois dos títulos de 2016, 2017 e 2024.

Em conversa com o Açoriano Oriental, o agora bicampeão dos Açores mostrou-se orgulhoso pela “página escrita no automobilismo açoriano”.

“Resumo este bicampeonato com muita felicidade. É o meu quarto título e o meu segundo bicampeonato, portanto, acho que escrevemos uma página bonita no automobilismo açoriano, num rali em que, por coincidência, consagrei-me campeão nas 2RM pela primeira vez, em 2016. Foi muito bonito também chegar aqui ao quarto título”, começou por dizer Rafael Botelho, admitindo estar a viver um “ano muito bom”.

“Temos vindo a fazer uma  época fantástica. Esta foi a quinta vitórias nas 2RM, em seis possíveis. Para além disso, somos a única equipa que esteve no pódio em todas as provas do campeonato.Temos uma posição à geral em que somos líderes absolutos, portanto, o ano tem sido muito bom”, confessou“ Rafa”, que ressalvou o “fantástico trabalho” do seu navegador, Rui Raimundo, da sua equipa de assistência e de todos os patrocinadores que permitem “viver este sonho”.

No que diz respeito à sexta e antepenúltima prova do calendário do Campeonato dos Açores de Ralis (CAR), Rafael Botelho admitiu que “entrou mal” no 1.º Rali D’Angra, destacando, no entanto, a forma como a equipa conseguiu“dar a volta à situação”.

“Sendo muito franco, acho que estivemos bastante mal no primeiro troço. Falhámos uma travagem e apanhámos um susto, que nos condicionou o resto dos quilómetros na primeira passagem das Veredas, mas os ralis são um desporto de improviso, portanto, nós temos de ter a capacidade de ser reativos e manter sempre a cabeça fria para tentarmos rapidamente dar a volta à situação e foi isso que fizemos”, explicou o piloto açoriano, que deixou uma “palavra especial” para o Terceira Automóvel Clube (TAC), pelo “excelente trabalho” realizado na limpeza dos troços, de forma a que o rali “corresse em segurança”, após os danos provocados pela passagem da tempestade pós-tropical Gabrielle na quinta-feira que antecedeu o rali terceirense.

“Uma palavra especial para o TAC e para as entidades competentes da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e da Proteção Civil, que fizeram um excelente trabalho na limpeza. [Vimos] vários máquinas, várias pessoas, com sopradores, com vassouras, que trabalharam desde a madrugada de quinta-feira. As pessoas limparam os troços e há que louvar este espírito de preocupação para que o rali corresse em segurança”, reconheceu.

Questionado sobre a sua consistência no campeonato,Rafael Botelho sublinhou que é fruto do “perfecionismo” da sua equipa e do “compromisso” que têm para com o campeonato.

“[A nossa consistência] demonstra o nosso grau de comprometimento com o campeonato. O grau de responsabilidade na projeção de todas as empresas que me permitem estar no CAR e o grau de importância que damos a esta competição. Procuramos, em todos as provas, pequenos focos e lutamos sempre muito por isso. Este tem sido o nosso mote, a nossa ambição e a verdade é que temos tido excelentes resultados”, finalizouRafael Botelho, que promete apresentar-se no Pico com a vontade de “andar o mais rápido possível”.