Acesso às fajãs de São Jorge vai ser proibido mas não se sabe quais
24 de mar. de 2022, 16:56
— Lusa/AO Online
Em
declarações aos jornalistas na ilha de São Jorge, após uma reunião com o
presidente da Câmara das Velas e com os responsáveis do Centro de
Informação e Vigilância Sismovulcânica (CIVISA) e da Proteção Civil,
José Manuel Bolieiro apelou ainda às pessoas para abandonarem as fajãs
da ilha.“Pessoas que estejam nas fajãs, a
nossa recomendação é evacuarem e proibição de acesso. Estamos agora a
definir o perímetro e que fajãs. Se todas as da ilha ou no perímetro
relativamente à iminência que está a acontecer. É uma definição que está
a ser preparada e que hoje vai ser decidida”, afirmou.José
Manuel Bolieiro, que lidera o Governo Regional PSD/CDS-PP/PPM,
acrescentou que a decisão de apelar às pessoas para abandonarem as fajãs
também vai ser tomada “tendo em conta a informação meteorológica”, uma
vez que está prevista chuva para os próximos dias em São Jorge, que
poderá dificultar operações de resgate.O governante reforçou que está “tudo preparado” caso seja necessário proceder à retirada das pessoas da ilha.“Não
travamos ninguém dessa oportunidade de se ausentar da ilha porque não
estamos a promover um exercício comunicativo alarmista. No entanto,
vemos com bons olhos essas opções e estamos a assegurar os meios
necessários”, apontou.A ilha de São Jorge
tem mais de sete dezenas de fajãs - pequenas planícies junto ao mar que
tiveram origem em desabamentos de terras ou lava – que são, desde 2016,
Reserva da Biosfera da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura e dos locais mais procurados pelos turistas.A
atividade sísmica na ilha de São Jorge "continua acima do normal" e nas
últimas horas "foram sentidos 11 sismos", informou o Centro de
Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).