Acessibilidades a São Jorge marcam reunião entre Governo dos Açores e Conselho de Ilha
23 de jan. de 2019, 10:17
— Lusa/AO Online
Vasco
Cordeiro considerou ser “legitimo e bom” que o Conselho de Ilha
reivindique mais no setor dos transportes aéreos e marítimos, a par da
saúde, entre outras áreas, mas salvaguardou que o percurso que os Açores
têm feito nestes domínios “é a todos os níveis notável” em termos de
qualidade e quantidade.Para
o líder do executivo açoriano, que falava aos jornalistas no final da
reunião do Conselho de Ilha de São Jorge, que está a visitar
oficialmente, o crescimento que se verificou em termos de carga,
passageiros e gado exportado por via do Porto das Velas está
“intimamente relacionado com as acessibilidades”.Vasco
Cordeiro destacou o anúncio pela titular da pasta dos Transportes que a
empresa pública Atlânticoline vai reforçar em 2019 as ligações
marítimas com a ilha, havendo ainda mais de 3.000 lugares de reforço nas
ligações aéreas.A
presidente do Conselho de Ilha considerou, por seu turno, que o que o
Governo dos Açores tem feito “não é o suficiente”, pelo que defendeu a
continuação das reivindicações, acrescentando que saiu da reunião com o
executivo açoriano não “totalmente insatisfeita”, mas com vários
constrangimentos.Maria
Isabel Teixeira afirmou que as acessibilidades “preocupam gravemente”,
apesar de o presidente do Governo Regional ter afirmado que está a
trabalhar para que seja possível que os navios de cruzeiro passem a
escalar o Porto das Velas de São Jorge.A
responsável reiterou que o fluxo turístico para aquela ilha do grupo
central “tem vindo a aumentar” e os seus habitantes que querem sair ou
regressar “têm muitas dificuldades em fazê-lo”.Além
das ligações aéreas, Maria Teixeira queixa-se que a ilha ficou “muito
lesada” com o encalhamento do barco da Atlânticoline na Madalena, ilha
do Pico, em 2018, nomeadamente em termos de ligações entre a Calheta e
Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.“Também
a nível do Triângulo (Faial, Pico, São Jorge) necessita-se que seja
revisto, de uma vez por todas, este modelo de transporte”, defendeu a
responsável, preconizando uma ligação com o Pico e Faial noutros
horários que assegurem que os jorgenses cheguem mais cedo àquelas duas
ilhas.