"Abordagem às dependências deverá centrar-se no humanismo e na proximidade"
5 de nov. de 2018, 16:59
— Susete Rodrigues/AO Online
Rui Luís que falava em
Angra do Heroísmo, à margem de uma visita à equipa de intervenção
e comportamentos aditivos e dependências ‘Percursos’, da Unidade
de Saúde da Ilha Terceira, disse citado em nota do executivo que “é
necessário, cada vez mais, reforçar respostas diferenciadas de
acordo com as necessidades e grau de dependência e contingências
sociais do utente. É preciso olhar as diferentes dimensões da
pessoa no seu percurso terapêutico como um fato feito à medida”.
“Estas equipas
implementam diferentes programas, que vão desde a prevenção
indicada, programas livres de drogas, programas de manutenção por
substituição opiácea, até aos de redução de danos, sendo de
extrema importância que a comunidade compreenda esta dimensão”,
frisou o titular da pasta da saúde, na mesma nota.
Refira-se que o projeto
‘Percursos’ permite a rápida acessibilidade do cidadão a este
recurso, sendo que, quanto mais cedo se inicia o tratamento, maiores
são as probabilidades de ganhos em saúde.
Numa segunda vertente, o
‘Percursos’ encaminha doentes com necessidade de uma intervenção
mais específica em regime de internamento para unidades de
desabituação nos Açores, nomeadamente as casas de saúde, ou para
comunidades terapêuticas no continente.
O projeto ‘Percursos’
acompanhou no primeiro semestre deste ano 450 utentes, distribuídos
pelo Programa Livre de Droga, pelo Programa de Manutenção por
Substituição Opiácea e pelo Programa de Redução de Danos em
Baixo Limiar, num total de 2.500 atos terapêuticos.
Acrescenta o executivo
que, à semelhança da equipa ‘Percursos’, existem equipas de
intervenção em comportamentos aditivos e dependências em toda a
Região.
Na sua maioria, estas
equipas estão enquadradas nas Unidades de Saúde de Ilha, sendo que
a do Faial está integrada no Hospital da Horta e as de São Miguel
em três Instituições Particulares de Solidariedade Social.