Abastecimento marítimo aos Açores "a decorrer conforme o esperado"
21 de mar. de 2020, 20:13
— LUSA/AO online
"A Secretaria Regional dos Transportes e Obras
Públicas, em contacto com os armadores que operam para os Açores,
informa que o abastecimento da Região por via marítima está a decorrer
conforme o esperado, após ter sido decretada a requisição civil dos
trabalhadores portuários em Lisboa", lê-se numa nota enviada às
redações.De acordo com a mesma nota
divulgada pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social (GACS) do
executivo regional, o navio “Corvo” saiu na sexta-feira de Lisboa para
realizar as ligações a Ponta Delgada (São Miguel), Praia da Vitória
(Terceira), Velas (São Jorge) e Ponta Delgada, regressando a Lisboa.Já
o navio “Furnas” saiu hoje à tarde de Lisboa, tendo programadas
ligações a Ponta Delgada, Praia da Vitória, Vila do Porto e Ponta
Delgada, regressando posteriormente à capital.Quanto
ao navio “Monte Brasil”, a nota diz que "está atualmente a carregar,
prevendo-se que saia de Lisboa no domingo" para realizar "as ligações
com Ponta Delgada, Praia da Vitória, Ponta Delgada e Caniçal, na
Madeira"."Estes navios transportam toda a
carga contentorizada que era previsto transportarem inicialmente", onde
se incluem bens alimentares, sublinha o Governo açoriano.O Governo dos Açores já se tinha manifestado satisfeito com a requisição civil decidida para o Porto de Lisboa.O
Governo decretou na terça-feira a requisição civil no Porto de Lisboa
por considerar que não foram assegurados os serviços mínimos na greve
dos estivadores, pondo em risco o abastecimento de Lisboa, Açores e
Madeira, informou em comunicado."Perante o
incumprimento da obrigação de prestação de serviços mínimos, decidiu o
Conselho de Ministros determinar a requisição civil, de forma
proporcional e na medida do necessário, para assegurar a satisfação de
necessidades sociais impreteríveis e o funcionamento de setores vitais
da economia nacional, em particular das regiões autónomas dos Açores e
da Madeira", sublinhava o comunicado divulgado.Segundo
o executivo, tanto o SEAL – Sindicato dos Estivadores e Atividade
Logística, que convocou a greve, como os trabalhadores abrangidos, não
asseguraram os serviços mínimos fixados, pondo em risco o abastecimento
de Lisboa e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.O
Governo acrescentava que "o caráter excecional da requisição civil fica
ainda a dever-se ao atual quadro de contingência decorrente do surto
Covid-19, no âmbito do qual se constatou já uma afluência extraordinária
de pessoas aos supermercados e farmácias, que motivou uma rutura de
'stocks'"