5G vai permitir acesso à internet em todas as freguesias dos Açores
10 de nov. de 2021, 18:14
— Lusa/AO Online
Em declarações à
agência Lusa, Cadete de Matos afirmou que “em resultado do leilão do
5G”, que terminou há duas semanas, os operadores vão ter a “obrigação de
garantir em toda a região dos Açores” uma “cobertura com qualidade de
serviço bastante elevada”.“Em todos os
municípios, em todas as freguesias dos Açores, vai ter de haver uma
cobertura de pelo menos 75% da população, em menos de dois anos, até
2023, com uma cobertura de 100 megabytes em termos da qualidade de
serviço da internet”, declarou.O
presidente da Anacom acrescentou que “dentro de quatro anos, até 2025”, a
cobertura de 100 megabytes vai ter de abranger “pelo menos 90% da
população” açoriana.“Vamos ter uma
transformação muito substancial na qualidade do acesso a dados, no
acesso da internet, através da rede móvel, em todas as freguesias, em
todas as ilhas dos Açores”, assinalou.João
Cadete Matos realçou, também, que no âmbito do 5G os “operadores vão
ter de dar resposta” a todas as instituições e centros empresariais que
queiram ter uma estação com aquela tecnologia de quinta geração.“Relativamente
ao 5G, os operadores também vão estar obrigados a satisfazer os pedidos
que sejam feitos na Região Autónoma dos Açores, nomeadamente ao nível
dos aeroportos e dos portos, mas também das universidades, hospitais e,
muito importante, dos centros empresariais”, assinalou.Sobre
essas obrigações resultantes do leilão do 5G, Cadete de Matos
considerou que são “duas transformações muito importantes” para que
“todos os consumidores tenham acesso a internet de qualidade”.O
presidente da Autoridade Nacional de Comunicações está em São Miguel,
nos Açores, onde vai participar na inauguração do novo Centro de
Monitorização do Espetro da Anacom, em Ponta Delgada.“O
centro já existe há vários anos nos Açores, mas não estava dotado dos
equipamentos que permitem que a equipa que trabalha em permanência
desempenhe melhor a sua função e tenha uma interligação com os outros
centros de monitorização”, destacou, referindo que a intervenção custou
cerca de 400 mil euros.Segundo disse,
aquele centro de monitorização permite à Anacom “acompanhar
permanentemente as interferências que possa haver no espetro,
nomeadamente nas comunicações”.