38 queixas sobre Urban Beach apresentadas este ano à PSP contribuíram para fecho
3 de nov. de 2017, 09:35
— Lusa/AO Online
O
MAI confirma que ordenou o encerramento daquele estabelecimento de
diversão noturna na madrugada de hoje, diz que a notificação do despacho
do ministro Eduardo Cabrita "foi feita cerca das 04:30" e que o Urban
Beach foi encerrado na altura, com a retirada das pessoas que estavam no
interior."A decisão foi tomada após audição do presidente da Câmara Municipal de Lisboa", acrescenta o MAI.O
episódio das agressões tornou-se público depois de ter começado a
circular nas redes sociais um vídeo onde é possível ver alegados
seguranças do clube noturno a agredirem violentamente dois homens, que
aparentemente estavam indefesos e não demonstravam qualquer resistência.Em
declarações à Lusa ao início da manhã, o administrador do Urban Beach,
Paulo Dâmaso, lamentou o encerramento do espaço, afirmando: "Costuma
dizer-se que a justiça mais vale ser feita na praça pública e desta vez
resultou. Toda a pressão mediática levou a isto".Numa
nota emitida na madrugada de hoje, Paulo Dâmaso repudiou a agressão dos
dois jovens junto às instalações da discoteca, na madrugada de
quarta-feira, e disse que se tratou de um problema de segurança na via
pública.No comunicado, a Urban Beach manifesta-se disponível para colaborar nas investigações. O
administrador defende que o crime “tem cara e é visível para todos os
que visualizaram o vídeo”, ocorreu na via pública e, por isso, é “um
problema estritamente de segurança na via pública”.Paulo
Dâmaso acrescenta na nota que já entregou o caso aos advogados da Urban
Beach, para acionarem “todos os mecanismos legais contra os
responsáveis pela ocorrência”, e defendeu que os seguranças – que
agrediram os jovens – são da exclusiva responsabilidade da empresa PSG.Disse
ainda que discoteca já tinha contactado a empresa PSG, exigindo a
suspensão imediata dos seguranças envolvidos no caso e a instauração de
processos disciplinares.O
administrador da Urban Beach aproveitou ainda para recordar que já por
diversas vezes solicitou “um policiamento efetivo e eficaz nas
imediações de todos os seus estabelecimentos de diversão noturna e volta
a insistir no pedido, “a fim de evitar de uma vez por todas futuras
situações de insegurança na via pública”.Entretanto, o Ministério Público abriu um inquérito sobre as agressões, investigação que decorre em articulação com a PSP.Contactada pela Lusa, a empresa responsável pela segurança naquela discoteca remeteu para mais tarde esclarecimentos