368 casos entre reclusos, trabalhadores das prisões e jovens em centros educativos
Covid-19
17 de nov. de 2020, 12:38
— Lusa/AO Online
Segundo informação enviada à agência Lusa pela Direção-Geral de
Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), contabilizam-se 368 casos
positivos ao novo coronavírus repartidos por 81 de trabalhadores (54
guardas prisionais, 15 profissionais de saúde, seis técnicos
profissionais de reinserção social, dois auxiliares técnicos, dois
professores, um auxiliar de cozinha e um segurança de empresa privada) e
285 reclusos e duas crianças filhas de reclusas do Estabelecimento
Prisional de Tires. Há ainda a registar,
de acordo com a DGRSP, 152 casos recuperados, sendo 83 de trabalhadores,
65 de reclusos e quatro de jovens internados em Centros Educativos.Assim,
e ainda segundo informação da DGRSP, existem 93 reclusos e seis
trabalhadores do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) que testaram
positivo, faltando ainda conhecer resultados de 31 reclusos.A
DGRSP refere a propósito que, no âmbito do plano de contingência,
determinou "a afetação dos reclusos positivos, genericamente
assintomáticos, a uma única Ala do EPL, onde permanecerão em isolamento,
separados da restante população prisional e sob vigilância e
acompanhamento de pessoal clínico do EPL", tendo, entretanto, os
Sapadores Bombeiros de Lisboa já procedido a duas desinfeções nas
instalações do EPL.Quanto ao
Estabelecimento Prisional de Guimarães (EPG) foram testados, no sábado,
todos os reclusos, tendo a totalidade dos resultados recebidos indicado
haver 23 reclusos positivos naquela cadeia. Também
ao abrigo do plano de contingência, a DGRSP determinou a afetação dos
reclusos positivos, genericamente assintomáticos, a um único espaço
físico do EPG onde permanecerão em isolamento, separados da restante
população prisional e sob vigilância e acompanhamento de pessoal
clínico. "Entre os trabalhadores do
Estabelecimento Prisional de Guimarães, testados a 31 de outubro no
contexto de triagem preventiva, registam-se três casos positivos que
decorrem da vida privada das pessoas, tendo hoje sido novamente testados
todos trabalhadores, incluindo os da empresa externa que presta
serviços a este estabelecimento prisional", revela ainda a DGRSP.
Acrescenta que foi igualmente feita, com a colaboração da Câmara
Municipal de Guimarães, uma desinfeção de todas as áreas comuns do EPG.
Por outro lado, após a testagem de todos os trabalhadores e reclusas do
Estabelecimento Prisional de Tires (EPT), a DGRSP recebeu os resultados
finais no passado dia 09, havendo 148 reclusas positivas à covid-19,
duas crianças que se encontram com as suas mães e oito trabalhadores
(cinco guardas prisionais, dois profissionais de saúde e uma auxiliar de
cozinha de empresa externa). As reclusas
positivas, genericamente assintomáticas - indica a DGRSP - foram
afetadas a um Pavilhão do EPT, onde permanecerão em isolamento,
separadas da restante população prisional, e sob vigilância e
acompanhamento, permanente (24 horas), de pessoal clínico do Hospital
Prisional (Caxias) que foi para o efeito convocado.
"As duas crianças que acusaram positivo, e se encontram assintomáticas,
estão na companhia das mães neste pavilhão que foi destinado ao
acompanhamento e vigilância médica dos casos positivos à covid 19, tendo
tido consulta pediátrica em hospital do Serviço Nacional de Saúde, após
o que retornaram ao EPT, onde se encontram na companhia das mães",
precisa a DGRSP. A mesma direção-geral,
tutelada pelo Ministério da Justiça, avança que já se realizaram novos
testes às reclusas do EPT que anteriormente acusaram negativo, indo
realizar-se, esta terça-feira, nova testagem às que se encontram
positivas. Deste modo, no Estabelecimento
Prisional de Tires, Lisboa e de Guimarães encontram-se suspensas as
atividades de formação escolar e profissional e de trabalho, bem como as
visitas, com exceção das dos advogados.
"Os reclusos, a quem são diariamente entregues máscaras, manterão,
naturalmente, o direito legalmente consagrado a recreio a céu aberto e a
telefonar. Os trabalhadores em serviço nos espaços em que se encontram
alojados os reclusos positivos à covid-19 estão apetrechados com o
equipamento de proteção individual adequado, nomeadamente máscaras
FFP2", esclarece ainda a DGRSP.A DGRSP
realça que, em articulação estreita com a saúde pública e seguindo os
seus planos de contingência, está "empenhada na contenção destes
surtos", para salvaguarda da saúde dos reclusos e dos trabalhadores.