Autor: Ana Carvalho Melo
No Centro de Coordenação do Porto de Ponta Delgada trabalha a equipa que respondeu a esse contacto e teve agora a missão de garantir a coordenação e o planeamento de toda a operação no porto.
Em paralelo com esta equipa trabalha também o agente de navegação que é o elo de ligação entre os diversos intervenientes da cadeia, quer com os portos, entidades alfandegárias, sanitárias, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, tendo a capacidade de atempadamente dar resposta a todas e quaisquer dificuldades com que o navio se possa deparar durante a sua estadia em porto.
Para a escala do Royal Princess, na sexta-feira, o Centro de Coordenação do Porto de Ponta Delgada já tinha toda a ação planeada. Este planeamento vai desde o local onde a embarcação deve atracar até à definição da quantidade de equipas envolvidas.
Domingo para receber o Royal Princess a pilotagem estava a postos às 6h30 da manhã, com um piloto e três marítimos na lancha.
O piloto é um profissional marítimo certificado que presta um serviço de assessoria técnica aos comandantes dos navios, para que as manobras de entrada em porto, saída e movimentos interiores, se possam realizar com altos níveis de segurança e eficiência. Apesar de os comandantes dos navios serem conhecedores do seu navio e tripulação, não estão necessariamente familiarizados com as especificidades de cada porto, recorrendo aos serviços dos pilotos para assegurar que o navio chegue ao seu destino de forma segura e eficiente.
Do lado de terra o agente de exploração, em comunicação com o piloto, coordena e orienta as operações de acostagem. Para proceder à amarração deste navio foram ainda necessárias seis pessoas.
Pelas 7h05, o navio estava atracado e já se começava a preparar a saída dos mais de 3260 passageiros que estão a fazer viagem transatlântica entre Fort Lauderdale nos Estados Unidos da América e Copenhaga na Dinamarca.
Ainda antes das 8h00 os primeiros passageiros já estavam a sair do navio. A maioria já com excursões marcadas para este dia em São Miguel.
Assim a Agência Açoreana de Viagens, empresa responsável pela organização das excursões em terra para os navios Princess Cruises, tinha no terminal das Portas do Mar 31 autocarros divididos por nove excursões e ainda 11 jipes, tendo garantido visitas de quase 2400 passageiros.
Os restantes passageiros que optaram por visitar São Miguel sem nada marcado, encontraram também à saída do cais de cruzeiros algumas sugestões de atividades. Mesmo assim a principal crítica deixada pelas entidades envolvidas neste processo foi o facto de muito do comércio e serviços locais se encontrar encerrado.