Açoriano Oriental
Véspera da noite de Natal aumenta movimento no comércio tradicional
Sexta-feira, dia 23 de Dezembro, é o dia em que os mais esquecidos vão fazer as compras dos presentes de Natal para oferecerem na noite de consoada, o que tornou a cidade de Ponta Delgada mais movimentada do que o habitual.
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Autor: Bruna Ferreira/Carla Ormonde
Apesar do sol e do bom tempo, que se registou ontem, serem condições atractivas para a compra de presentes de última hora para os  mais queridos, na opinião da maioria das pessoas a cidade já não está tão movimentada, como era costume nesta época em anos anteriores.

A véspera de Natal é mais uma oportunidade para os empresários do comércio tradicional conseguirem aumentar o volume de vendas e minimizarem os efeitos da crise.

Para José Melo,  um dos muitos clientes que aproveitou para fazer compras de última hora,  a agitação em Ponta Delgada não se pode comparar com o movimentos dos últimos anos.

“A falta de movimentação não se deve às pessoas terem menos poder de compra, o que, na realidade existe, mas a concentração nas grandes superfícies leva a que toda esta baixa da cidade esteja bastante enfraquecida”, explica.

No caso de José Melo, as compras “de algumas coisinhas lá para casa” foram feitas no centro histórico da cidade de Ponta Delgada. 

Eugénia Melo, proveniente da ilha do Pico, mas visitante assídua de São Miguel,  partilha da mesma opinião de que a diminuição da procura do centro histórico se deve a uma transferência das pessoas para as grandes superfícies comerciais, onde é possível encontrar uma maior variedade de produtos. “Para ser sincera acho a cidade muito parada. Vê-se  pouco movimento e  as lojas com poucas pessoas”, afirmou, acrescentando que não considera que seja derivado  à falta de dinheiro “porque o Parque Atlântico está sempre cheio de gente”.

Já para Maria Barbosa, uma micaelense  que voltou à sua terra nestas férias do Natal, o factor crise é o grande responsável pelo decréscimo de movimento nesta quadra natalícia.
“Ponta Delgada está uma tristeza para aquilo que eu conhecia da minha cidade, dizem que é a crise” apontou, salientando que esperava encontrar a cidade linda, com  muitas luzes, alegria, “com espírito de Natal”.

Maria Conceição Medeiros, residente em Ponta Delgada, dedicou as últimas horas à procura de um último presente para a família, porque o corte da reforma limitou os gastos com as ofertas de Natal.

“Tive um corte na pensão de reforma, que já de si não era muito grande, assim, não me posso atirar a compras supérfluas e optei por dar apenas prendas aos meus netos”, explicou.

Quanto à agitação na cidade, Maria Conceição Medeiros compara a movimentação  em Ponta Delgada com a das cidades do Continente, afirmando que “cá está um pouco parado”. Débora Gaspar, que se encontrava na cidade a fazer as últimas compras natalícias, garantiu que “fica sempre uma prenda para os últimos dias”.
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