"Atendendo à fragilidade do nosso tecido empresarial e às dificuldades sentidas nos últimos anos, a aplicação da derrama em 2014 reportará à atividade económica de 2013 e não é expectável que a situação se inverta no período de um ano", frisaram, em comunicado de imprensa.

Os vereadores do PSD contestam a possibilidade de a autarquia cobrar a partir de 2014 um imposto municipal a empresas locais com volume de negócios superior a 150.000 euros anuais, equivalente a 1,5 por cento dos lucros tributáveis.

A medida foi anunciada hoje pelo presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Roberto Monteiro (PS), em reunião de câmara, estando integrada no plano estratégico financeiro plurianual da autarquia para o período entre 2012 e 2026.

Berto Cabral e Francisco Ávila discordam do volume de negócios estabelecido para a cobrança da derrama, alegando que "abrangerá a grande maioria das empresas do concelho", o que consideram "muito negativo".

Os vereadores do PSD dizem que o plano plurianual apresentado "é uma exigência da candidatura ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), estabelecido pelo Governo da República, no sentido de regularizar dívidas dos municípios", salientando que este empréstimo ilustra "a irresponsabilidade da autarquia e a falta de estabelecimento de prioridades reais nos dois últimos mandatos".

Os social-democratas lamentaram ainda que o presidente da Câmara tivesse considerado "demagógica" a proposta do PSD de redução do número de pessoas afetas ao seu gabinete, criticando também a venda de património do município "a valores inadmissíveis e muito abaixo do real".