Açoriano Oriental
Verdes acusam Governo de optar pelo “divórcio” com os professores

Os dirigentes do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) declararam esta quinta feira que o Governo socialista "está, claramente, a abrir uma guerra com os professores e outras carreiras", decidindo-se pelo "divórcio" face àquela classe profissional.


Autor: Lusa/Ao online

"Os Verdes consideram que o Governo está claramente a abrir uma guerra com os professores e com outras carreiras que se encontram na mesma situação, num momento em que é efetivamente necessário dignificar estes profissionais, em benefício do reforço da escola pública", lê-se em comunicado.

Segundo o PEV, "o Governo PS decidiu hoje o seu divórcio em relação aos professores".

"Os Verdes denunciarão essa aberrante decisão tomada unilateralmente pelo Governo" sem desistir de "reclamar o cumprimento da resolução aprovada pela Assembleia da República, bem como o que consta da lei do Orçamento do Estado", prometeram os responsáveis ecologistas.

O Governo aprovou hoje um decreto-lei que define que os professores vão recuperar dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço congelado nas carreiras e consequente remuneração, no último dia de uma semana de greve dos docentes.

Em declarações aos jornalistas, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, defendeu que este diploma que define o modelo de recuperação do tempo de serviço dos docentes surge na "sequência do processo negocial" entre o executivo e os sindicatos dos professores, o qual classificou de "longo".

Os professores exigem a recuperação de nove anos, quatro meses e dois dias de serviço, motivo que levou a que os sindicatos agendassem uma semana de greves, distribuídas desde segunda-feira até hoje, de forma localizada, pelos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém, Portalegre, Évora, Beja e Faro, Coimbra, Aveiro, Leiria, Viseu, Guarda e Castelo Branco e Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança.

Na sexta-feira, feriado nacional da Implantação da República e Dia Mundial dos Professores, realiza-se uma manifestação de professores de todo o país em Lisboa, com concentração final junto ao Ministério das Finanças.


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