O mercado de carros chineses sentiu a crise mundial muito menos que outros e foi um dos beneficiados do plano de estímulo de Pequim para fomentar a procura interna e assim compensar a queda das exportações, com subsídios à compra de automóveis menos poluentes e ajudas a camponeses para aquisição de veículos.

O auge do desenvolvimento na China coincidiu com a má situação do mercado norte-americano, onde foram vendidos 10.43 milhões de automóveis em 2009, ou seja menos 21 por cento que em 2008 e o número mais fraco dos últimos 27 anos.

As cifras, no entanto, foram calculadas e comparados pelo Centro de Investigação Automóvel dos Estados Unidos, pelo que será necessário aguardar a sua confirmação pela Associação de Fabricantes de Automóveis (CAAM) chinesa.

O forte crescimento no mercado chinês também se explica por uma desaceleração deste em 2008, quando as vendas apenas cresceram 6.7 por cento em relação ao ano precedente, quando em exercícios anteriores os aumentos estiveram entre 13 e 25 por cento.

O governo chinês confirmou em Dezembro que vai prosseguir as políticas de estímulo ao consumo no sector automobilístico em 2010.

Do auge do do automóvel na China beneficiaram algumas marcas multinacionais, nomeadamente algumas com problemas em outros mercados, como a General Motors, que aumentou em 66.9 por cento as suas vendas no gigante asiático em 2009, com mais de 1.82 milhões de veículos vendidos.

O mercado chinês do automóvel, por outro lado, continua a ter um imenso potencial de crescimento, dado que o país tem apenas 35 veículos por cada mil pessoas, enquanto nos países desenvolvidos ultrapassa 400 e nos Estados Unidos (o país com mais densidade de veículos por habitantes) 800.