Autor: Lusa/AO online
Para Vasco Cordeiro, que falava à Lusa no Nordeste, em S. Miguel, este acordo “atesta a boa gestão das finanças públicas da Região e, pela sua natureza e pelos termos em que está formulado, permite defender a autonomia dos Açores na medida em que continua a assegurar a existência de medidas emblemáticas do exercício da autonomia”.
O candidato socialista referia-se ao facto de os Açores terem impostos e combustíveis mais baixos do que a Madeira e o continente e terem complementos regionais de pensão e de abono de família, considerando que são “medidas que resultam da autonomia, que dão melhores condições de vida aos açorianos e não são postas em causa pelo memorando de entendimento, que defende e fortalece a autonomia dos Açores”.
Nesse sentido, respondendo às críticas dos partidos da oposição, para que o acordo com o Governo da República coloca em causa a autonomia regional, Vasco Cordeiro frisou que “só pode afirmar isso quem não conhece o memorando de entendimento e, sobretudo, quem não faz um exercício de comparação com o plano de assistência financeira da Madeira ou com o teor da Lei de Finanças Regionais”.
Nesta deslocação ao Nordeste, o candidato socialista, além do contacto com a população do concelho, assistiu a uma palestra sobre a importância económica da criptoméria, frisando a necessidade de os Açores “aproveitarem os seus recursos endógenos”.
“Temos, mais do que nunca, que olhar para as riquezas que tempos e transformá-las em fator de desenvolvimento, de progresso, de criação de emprego”, afirmou, salientando que a madeira de criptoméria, que domina a floresta do arquipélago, é um dos exemplos nesta área.
Relativamente ao Nordeste, Vasco Cordeiro considerou que o concelho “está a aproveitar” as potencialidades criadas com a abertura da SCUT, que permite uma ligação mais rápida à Ribeira Grande e a Ponta Delgada, mas manifestou-se contra o seu prolongamento até à entrada da vila.
“Julgo que as razões que levaram a que esse investimento não fosse realizado são perfeitamente compreensíveis. Estamos a falar de um investimento de cinco milhões de euros para poupar um minuto e meio”, frisou.
Nesse sentido, defendeu que, apesar das necessidades das populações envolvidas, este “não é um investimento prioritário”.
“Prioritário deve ser o investimento na economia do Nordeste, que possa criar empregos no concelho”, frisou Vasco Cordeiro.