Autor: Lusa/AO online
João Luís Gaspar, em declarações à Lusa, referiu que “esta foi uma decisão refletida e assente na vontade de dar continuidade ao projeto de reforma que tem orientado a academia nos últimos anos”.
Para o reitor candidato, o projeto da universidade açoriana “será sempre um projeto inacabado e, mais do que aquilo que se fez", move-o o "muito que há para fazer”.
O candidato apontou como algumas das suas prioridades “consolidar o processo de reestruturação orgânica, apostar na diferenciação e na qualidade, promover a internacionalização e incentivar o empreendedorismo”.
Tomás Dentinho, professor do polo de Angra do Heroísmo (na ilha Terceira) da academia açoriana, que concorre por não concordar com o trabalho desenvolvido pela atual reitoria, e que já havia sido candidato nas últimas eleições, também em declarações à Lusa considerou que a reestruturação feita na universidade “foi centralizadora”.
“Houve uma correção das finanças, mas também o aumento grande da dependência das transferências do Orçamento do Estado e uma redução muito grande do espaço de manobra da Universidade dos Açores, nomeadamente para apoiar os alunos e a investigação”, considera o candidato.
Tomás Dentinho referiu que se procedeu a contratações “aparentemente sem critério”, que se registou desde há quatro anos uma “redução acentuada” do número de alunos e da produção científica.
Sem deixar de reconhecer o trabalho que foi feito em termos de reestruturação e situação financeira, o candidato da ilha Terceira propõe-se aumentar o número de alunos por via de cursos com saída no mercado e reforçar a produtividade científica “criando estímulos internos”.
O Conselho Geral da Universidade dos Açores vai ouvir agora os dois candidatos e conhecer os seus projetos, sendo a 17 de janeiro eleito o novo reitor por este organismo, através de voto secreto.