Açoriano Oriental
Pedrógão Grande
Todos os mecanismos de apoio estão ativados
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que todos os mecanismos de apoio estão ativados e disponíveis nos concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, os mais afetados pelos incêndios dos últimos dias.
Todos os mecanismos de apoio estão ativados

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

 

“Todos os mecanismos de apoio do Ministério do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), do Ministério do Planeamento, do Ministério da Agricultura e ainda o Fundo de Emergência Municipal estão ativados e disponíveis”, disse António Costa durante a conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros.

O primeiro-ministro afirmou que é prioritário reconstruir os concelhos mais afetados pelo fogo.

“O que é agora prioritário é podermos reconstruir e restabelecer a normalidade de vida nos concelhos mais afetados e em particular os apoios às famílias cujos bens foram danificados, às empresas que perderam a capacidade de funcionar e ao setor agrícola, cuja capacidade reprodutiva tem que ser restabelecida”, sublinhou.

António Costa explicou também que o fundo de solidariedade da União Europeia poderá ser ativado caso “os montantes dos danos a apurar o justifiquem”.

Segundo o primeiro-ministro, estão a decorrer há vários dias trabalhos de reposição de infraestruturas de comunicações, abastecimento de energia elétrica e da própria rede viária.

António Costa disse também que está fixado que, até ao final da próxima semana, estará feito o levantamento de todas as necessidades para responder às carências mais urgentes.

O primeiro-ministro anunciou ainda que o Conselho de Ministros criou hoje um fundo de apoio à revitalização dos concelhos de Pedrogão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos vinhos.

Este fundo, explicou, “terá uma gestão tripartida presidida por um representante do MTSSS e entregará um representante dos três municípios e das associações humanitárias e de solidariedade destes três concelhos de forma a assegurar que, com equidade e com maior justiça, serão permitidos canalizar” os diferentes donativos que têm vindo a surgir para apoiar as vítimas dos incêndios.

“É necessário proceder a uma coordenação da gestão destes fundos e destes donativos de forma a evitar duplicações e atender aqueles que são mais carenciados”, sustentou.

Também na conferência de imprensa, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou que o fundo de emergência municipal destina-se “à reposição de infraestruturas municipais que não possam nomeadamente ser cobertas por financiamentos europeus”.

Segundo Pedro Marques, o fundo de emergência europeu poderá ser ativado “a partir de um valor na ordem dos 500 milhões de euros de prejuízos globais na região Centro”.

Nesse sentido, referiu que, “só com o apuramento rigoroso do prejuízo”, é que pode aciona este mecanismo.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e que foi dado como dominado na tarde de quarta-feira, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.

O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

Este incêndio já consumiu cerca de 30.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.

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