Autor: Lusa/AO online
Esta semana, um 'drone' chocou contra a Torre 101, em Taipé, que durante anos foi o edifício mais alto do mundo, um incidente que gerou o receio de que os milhões de visitantes chineses na ilha utilizem estes dispositivos para operações de espionagem.
Pequim considera Taiwan uma província do país, embora a ilha funcione, de facto, como um país soberano, com todas as instituições de Governo eleitas pela população.
A China deseja para Taiwan um processo de reintegração idêntico ao encetado para Hong Kong e Macau, prometendo um alto grau de autonomia para a ilha, situação que não agrada a muitos dos habitantes de Taiwan, embora em termos políticos se processe uma cada vez maior aproximação bilateral.
A informação, a 05 de julho passado, pela estação estatal CCTV, da China, de que um edifício parecido com o gabinete presidencial de Taiwan tinha sido o objetivo em manobras militares chinesas, gerou preocupações sobre a segurança nacional em Taipé.
Em junho, foram registados vários incidentes com 'drones' perto de aeroportos, o que desencadeou o receio de que pudessem ocorrer acidentes aéreos devido ao manuseamento inadequado destes dispositivos.
O rápido desenvolvimento da indústria de 'drones' e a redução dos custos destes aparelhos criou problemas não contemplados na legislação atual.
A proliferação dos 'drones' criou problemas de segurança nacional e cidadania e pode afetar o direito à vida privada, disse aos jornalistas o membro do governo Yeh Shin-cheng.
Desde meados de junho, pelo menos três 'drones' chocaram contra a Torre 101, o último dos quais um incidente causado por um turista chinês de 28 anos, que estava alojado num hotel nas proximidades e usava o dispositivo para tirar fotografias.