Açoriano Oriental
Liga Sagres
Sporting e Carvalhal despedem-se de Alvalade com uma derrota
O Sporting perdeu hoje, em Alvalade, por 1-0, frente à Naval 1.º de Maio, após exibição medíocre e desastrada, na qual, a uma atitude passiva, se juntou a falta de qualidade do seu futebol
Sporting e Carvalhal despedem-se de Alvalade com uma derrota

Autor: Lusa/AO online

A Naval 1.º de Maio obteve o golo que lhe garantiu os três pontos aos 63 minutos, num lance típico de contra-ataque, por Fábio Júnior, que apanhou a defesa “leonina” em contrapé.

Esse golo acabou por premiar o facto da Naval ter conseguido na segunda parte o que não conseguira fazer até ao intervalo: dar alguma profundidade às suas saídas para o ataque ou acções de contra-ataque.

A equipa da Figueira da Foz conseguia sair a jogar, aproveitando o bloco avançado do Sporting, mas depois não dava sequência por força da falta de qualidade e tempo de passe dos seus médios, aspecto que foi, em parte, corrigido depois do intervalo.

Mesmo antes do golo de Fábio Júnior, pertenceu à Naval 1.º de Maio a melhor oportunidade do jogo até aí, quando o mesmo jogador se isolou na cara de Rui Patrício e não foi capaz de o desfeitear, por mérito do guarda-redes “leonino”.

Carlos Carvalhal lançou Hélder Postiga, em detrimento de Izmailov, na tentativa de conferir maior acutilância e poder de concretização ao ataque, mas o Sporting continuou a ser uma equipa confusa na sua organização de jogo e com os jogadores a tentarem individualmente resolverem o que devia ser feito pelo coletivo.

Nem o facto do Sporting já não ter objectivos a atingir, para além de segurar o 4.º lugar, serve de desculpa para uma exibição tão medíocre e desastrada, nivelando por baixo um jogo que foi um bocejo para os espectadores em Alvalade, a quem só os golos do FC Porto fizeram tirar da letargia e fazer vibrar.

A Naval 1.º de Maio cumpriu o seu papel, organizou-se defensivamente num 5x3x1x1, com o bloco baixo, esperando pelo Sporting, e a verdade é que manteve, até ao intervalo, o “nulo” sem grandes sobressaltos e sem nunca se sentir verdadeiramente pressionada.

O ataque “leonino” criou alguns lances de perigo, mas não uma verdadeira ocasião de golo, o que é sintomático da sua baixa produtividade, a qual se pode atribuir mais às debilidades que evidenciou do que propriamente ao mérito da organização defensiva do adversário.

Torna-se difícil ganhar um jogo quando se impõe um ritmo lento, quando se adopta uma atitude passiva, de deixar correr à espera que as coisas aconteçam, quando a percentagem de passes falhados atinge uma percentagem inaceitável para uma equipa que assume lutar pelo título, quando a falta de inspiração individual e coletiva é geral.

Surpreende que jogadores que aspiram a integrar o lote de 23 convocados para o Mundial da África do Sul, como são os casos de João Moutinho e Miguel Veloso, se exibam ao nível que o fizeram, conciliando desinspiração com falta de atitude.

Menos surpreendente foi a actuação de alguns jogadores, designadamente de Matias Fernandez, um jogador que custou 4 milhões de euros ao cofres “leoninos”, e que não foi capaz de aproveitar a oportunidade que a lesão de Pedro Mendes lhe proporcionou, a abrir-lhe uma vaga no onze, para mostrar serviço e tentar contrariar a ideia de que a sua contratação foi um “flop”.

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