Açoriano Oriental
Liga Europa
Sporting compromete eliminatória
O Sporting perdeu  por 2-0 em Alvalade com o os dinamarqueses do Brondby, em jogo da primeira mão do “play-off” de acesso à fase de grupos da Liga Europa em futebol, na sequência de mais uma exibição medíocre
Sporting  compromete eliminatória

Autor: Lusa/AOnline

A derrota só surpreende quem não assistiu ao jogo e nem o facto de o Sporting se poder queixar de alguma falta de sorte, na segunda parte, quando enviou uma bola à barra e outra ao poste, serve de atenuante.

É verdade que os leões melhoraram sensivelmente de produção na segunda parte, quando Paulo Sérgio decidiu (demorou uma eternidade a mexer na equipa) introduzir no ‘onze’ jogadores com alguma capacidade explosiva, casos de Vukcevic e Yannick Djaló, mas foi insuficiente para dar a volta ao resultado, construído com golos de Kristiansen (43 minutos) e Jallow (52).

O Sporting fez uma primeira parte dececionante, com um futebol lento e previsível, sem movimentos de rutura e mudanças de ritmo que pudessem desequilibrar a organização defensiva do Brondby.

Tanta lentidão e previsibilidade permitiu à equipa dinamarquesa ter uma primeira parte confortável, com exceção dos primeiros minutos de jogo, em que o Sporting entrou a pressionar e a impor velocidade às suas ações ofensivas, mas o balão cedo se esvaziou.

Na primeira parte, o Sporting criou uma oportunidade de marcar, à beira do intervalo, por Hélder Postiga, que fez o que não podia, cabeceando por cima da barra na pequena área um lance de golo feito.

Paulo Sérgio retomou o velho “losango” de Paulo Bento, mas este, desprovido de dinâmica, parecia movido “a gasóleo”, com dois chilenos, Matias Fernandez e Valdés, “gémeos” no estilo, na lentidão e na falta de sequência que caracterizou quase todas as suas ações. E não se pode pedir a Maniche que “tenha pernas” para ser ele a protagonizar os movimentos de rutura de que a equipa necessita nas transições ofensivas.

De resto, a única vez em que a equipa conseguiu fazê-lo na primeira parte foi precisamente através de Maniche, que penetrou no espaço defensivo dinamarquês, numa diagonal, solicitando o passe de Valdés, que criou uma situação de apuro para a baliza escandinava. Uma exceção que não alterou o padrão do jogo “leonino”.

Nem mesmo a atuação positiva dos laterais, em particular Evaldo, muito participativos na manobra ofensiva, serviu para compensar tão pobre produtividade atacante do coletivo.

A agravar a incapacidade do Sporting para criar uma oportunidade de golo, ainda se cometeram erros fatais: o Brondby chegou ao golo à beira do intervalo num lance de contra-ataque que nasceu de um pontapé de canto a favor dos “leões” - defesa leonina desequilibrada, com Evaldo a deixar livre autor do golo para compensar “buraco” de Nuno André Coelho que formou com Daniel Carriço um dupla de centrais muito inexperiente.

Na segunda parte, conseguiu ser uma equipa mais agressiva e com maior profundidade atacante, graças às entradas de Vukcevic e Yannick Dajló, mas continuou a padecer das mesmas carências reveladas na primeira parte.

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