Açoriano Oriental
Sofia Ribeiro defende reconhecimento do trabalho doméstico

A eurodeputada Sofia Ribeiro defendeu a necessidade de profissionalizar o trabalho doméstico e domiciliário, “passando de trabalho precário e não declarado para emprego reconhecido, com acesso a regimes de proteção social e de formação a estes trabalhadores”.

Sofia Ribeiro defende reconhecimento do trabalho doméstico

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

Segundo comunicado, a social-democrata interveio como palestrante, na apresentação do caderno de encargos da Federação Europeia para o Emprego Familiar e dos Cuidados Domiciliários, com a qual tem vindo a trabalhar ao longo deste mandato.


Na ocasião, disse que “a geração de cidadãos ativos é cada vez mais uma geração sanduíche, que ainda tem a cargo o apoio e a formação dos filhos, mas que também passa a ter responsabilidades no acompanhamento dos pais. Urge, pois, que se apresentem respostas sociais e laborais de apoio à família, tanto mais que estamos a assistir a um acelerado envelhecimento populacional e que as respostas de cuidados aos idosos não são suficientes", afirmou Sofia Ribeiro, adiantando que “a estes trabalhadores confiamos as nossas casas, os nossos filhos e os nossos pais mas eles são invisíveis, não declarados, vítimas de insegurança e exclusão social”.


Estima-se que o trabalho não declarado na UE seja de aproximadamente 16.4% e o reconhecimento do trabalho doméstico “contribuiria para uma diminuição óbvia destes números”, disse Sofia Ribeiro.


Para a eurodeputada, “proteger o trabalhador doméstico e conferir-lhe o acesso a sistemas de previdência representaria uma valia para os governos dos Estados-Membros, uma vez que podia permitir que esses trabalhadores pudessem contribuir também com as suas prestações sociais, o que reforçaria a sustentabilidade do próprio regime de segurança social".


Na sua intervenção, a eurodeputada frisou, igualmente, a importância de acesso a regimes de formação especializada para estes trabalhadores, ressalvando que lhes "fornece ferramentas para poderem lidar com uma atividade que é, pela sua natureza, consideravelmente desgastante, em especial a nível emocional".


A terminar a sua intervenção, Sofia Ribeiro, deixou um desafio: “o lançamento deste documento deverá funcionar como alavanca para a formalização de um intergrupo no próximo mandato do Parlamento, sobre Emprego Doméstico e Familiar e Cuidados Domiciliários na UE, que sente à mesma mesa todas as partes interessadas para pressionar as Instituições Europeias, numa associação transnacional, extra partidária e para além das comissões parlamentares a que pertencem os deputados”.


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