“O atraso da implementação do sistema na Horta deveu-se à complexidade das operações de implementação do sistema nas Selvagens [arquipélago da Madeira]”, referiu a Autoridade Marítima Nacional numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

Segundo a mesma fonte, o sistema, que visa contribuir para a segurança das zonas costeiras e litorais com a instalação de estações com radar e câmara, “está a ser implementado neste momento no Funchal”, seguindo-se Leixões e, “no final do último trimestre de 2016, será implementado na Horta”.

Cada estação do sistema "Costa Segura" possui um radar com uma cobertura de 24 milhas (cerca de 45 quilómetros), uma câmara ótica térmica com capacidade de visão diurna e noturna e um alcance de cerca de três quilómetros, um sistema automático de identificação (AIS) e seguimento de alvos, com alarmes associados, rádio vhf e um ‘software’ de integração e gestão da informação.

Segundo documentação disponibilizada pela AMN, o "Costa Segura" pretende promover a segurança da navegação "efetuando o seguimento da navegação numa área restrita, acompanhando eventuais navios em dificuldade, com avaria ou arribada forçada", suportar ações de busca e salvamento e apoiar ações de combate à poluição.

Em complemento, o sistema "pode ainda permitir monitorizar a navegação, contribuindo para a deteção de atividades ilícitas no mar".

À agência Lusa, o comandante do porto da Horta, Diogo Vieira Branco, afirmou que o sistema constitui uma “mais-valia”.

“É um fator de apoio à decisão por parte do capitão do porto”, declarou Diogo Vieira Branco, considerando que a sua implementação vai permitir “um aumento da capacidade operacional, não só do Faial, mas de todos os locais onde estiver instalado”.