Autor: Lusa/AO Online
O SEP mantém, porém, a greve marcada para sexta feira, assim como a "manifestação nacional" já convocada para o mesmo dia, disse o coordenador do sindicato, José Carlos Martins.
O dirigente do SEP esclareceu que a greve de sexta feira, que coincide com a realização da "manifestação nacional" no mesmo dia, mantém-se e servirá para os enfermeiros protestarem contra "a imposição" do Ministério da Saúde (MS) em questões salariais.
José Carlos Martins referiu aos jornalistas que o MS "encerrou as negociações impondo a sua grelha salarial", embora se tenha registado "alguma evolução" da posição do ministério dirigido por Ana Jorge em matérias como a avaliação de desempenho e direção de enfermagem, entre outras questões.
O dirigente sindical explicou que, face ao encerramento das negociações por parte do MS, o SEP decidiu suspender a greve prevista para os próximos três dias, porque "não havendo mais negociações não havia possibilidade de obter mais resultados".
"Contudo, quanto à imposição da grelha salarial, isso é para nós totalmente inaceitável", contrapôs José Carlos Martins, justificando assim a manutenção da greve de sexta feira.
Segundo o dirigente do SEP, as "questões salariais são intransponíveis", pelo que "não há qualquer hipótese de acordo com o MS".
Após uma reunião de várias horas com a ministra da Saúde e com o secretário de Estado das Finanças, o coordenador do SEP reconheceu que, "em bom rigor, o Ministério das Finanças está a condicionar as justas soluções para os enfermeiros", por causa do quadro que tem gizado para "a necessidade de contenção " dos encargos salariais dos trabalhadores da função pública.
"A questão em que há desacordo é a questão salarial", insistiu.
José Carlos Martins garantiu que o SEP "não vai baixar os braços" e que vai transmitir ao primeiro ministro e à Assembleia da República a "revolta" que existe no seio desta classe profissional.
No final da reunião com o SEP o Ministério da Educação não quis prestar declarações aos jornalistas.