Autor: Lusa/AO online
Em comunicado, a APPLC esclarece que o protesto será levado a cabo por tratores entre Válega e Estarreja e refere que produção nacional vai continuar a viver uma "triste angústia enquanto os decisores políticos da União Europeia (UE) não tiverem vontade política para alterar a situação e atacar o problema de fundo".
A crise do setor leiteiro, refere a associação, foi "originada pela União Europeia ao acabar com as quotas de produção nacional nos seus países membros", o que "levou a uma acentuada baixa de preços na produção e originou o encerramento de diversas pequenas, médias e até grandes explorações".
Por isso, a associação exige a "regulação pública da produção em todos os países do espaço da UE".
Segundo a APPLC, que volta a acusar a UE de "ausência de vontade politica" para resolver os problemas do setor leiteiro, a comunidade europeia "tem vindo a entreter os produtores e produtoras, a oferecer-lhes umas migalhas - pequenos subsídios que não resolvem coisa nenhuma", apontando os "perto de quatro milhões de euros que vão ser atribuídos brevemente em prémio por vaca para reduzirem voluntariamente a produção".
Os produtores de leite e carne defendem que "Portugal não precisa de diminuir a produção porque produz de acordo com a sua necessidade de consumo", aconselhando a UE "a recorrer aos países excedentários" para reduzir a produção de leite.
Assim, a APPLC enquadra a marcha lenta marcada para dia o 23 como forma de "dar corpo ao descontentamento existente" e de "contestar o abuso de alguns que está a levar os produtores e produtoras à ruína".