Açoriano Oriental
Sessenta e cinco por cento da população rejeita eleições presidenciais ilimitadas
Mais de 65 por cento dos venezuelanos rejeita a hipótese de uma reeleição presidencial ilimitada, posição que subiu 15 por cento face aos 50,7 por cento registados no ano passado, revela uma sondagem hoje divulgada.

Autor: Lusa/AO Online
 Apesar de ter sido realizada há quase três meses, a sondagem só foi conhecida hoje, um dia depois de o presidente Hugo Chavez ter pedido aos seus apoiantes que estimulem uma modificação da Constituição venezuelana para permitir a reeleição ilimitada e se proclamar candidato às eleições de 2012.

    Apenas 31,1 por cento dos venezuelanos apoia a eleição ilimitada do Chefe de Estado, de acordo com a sondagem efectuada em Setembro passado pela empresa "Ecoanalítica Opinión Publica".

    A amostra revela que quase 20 por cento dos entrevistados que se autodefiniram como "chavistas" afirmaram que rejeitariam uma emenda constitucional que anule a reeleição presidencial por um único período e faculte a contínua, contra 80 por cento que apoiariam a medida.

    Entretanto, Chavez anunciou terça-feira à noite que se propõe como pré-candidato presidencial para as eleições de 2012.

    O artigo 341 da Constituição venezuelana, aprovada pelo seu governo em 2000, determina que a autoridade eleitoral submeta a referendo as emendas ao texto constitucional nos 30 dias seguintes à "recepção formal" da petição, que Chavez solicitou que seja elaborada rapidamente.

    A petição pode ser formulada por 30 por cento dos elementos da Assembleia Nacional, de actual maioria chavista, por 15 por cento dos eleitores ou directamente pelo Chefe de Estado.

    O presidente venezuelano já fez uso desta última opção quando apresentou as suas propostas de alteração da Constituição, que incluía a reeleição presidencial ilimitada e que foi rejeitada em referendo há um ano, com 50,7 por cento de votos.

    "O mais tardar em finais de Fevereiro creio que estaríamos preparados para o referendo para aprovar a emenda" e "iniciar este novo período histórico que vai de 2009 a 2019 para a criação da República Bolivariana Socialista da Venezuela", afirmou Chavez, num discurso proferido terça-feira à noite.

    Hugo Chavez iniciou em 2000 o seu primeiro mandato presidencial e foi reeleito em Dezembro de 2006 para novo período de governação, entre 2007 e 2013.
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