Açoriano Oriental
Semanário francês Charlie Hebdo lança prémio literário para jovens
O jornal Charlie Hebdo lançou um prémio literário que vai recompensar textos inéditos cómicos escritos por alunos sobre um tema dado, anunciou hoje o semanário satírico.
Semanário francês Charlie Hebdo lança prémio literário para jovens

Autor: Lusa/AO Online

 

Este "prémio literário Charlie Hebdo", aberto a todos os francófonos com idades entre 12 e 22 anos, independentemente do país de residência, vai ter como tema este ano "E se substituíssemos o 'bac' por...".

O 'baccalauréat', coloquialmente conhecido como 'bac', é o exame feito no final do secundário de acesso ao ensino superior.

"Em janeiro e fevereiro de 2015", após o ataque homicida contra o Charlie, o jornal "recebeu muitos desenhos de jovens, na maioria espontâneos, com um tom muito livre. Este prémio é uma forma de continuar o diálogo entre esta geração e o Charlie, um jornal que muitos descobriram no momento dos atentados", explicou o diretor do semanário, o cartunista Risse, em entrevista ao diário Le Parisien.

"O Charlie é um jornal que ousa. Temos vontade de transmitir este gosto, de ajudar os jovens a desprender-se, numa idade em que tudo é ainda possível", acrescentou.

A redação do Charlie Hebdo disse esperar "sobretudo textos surpreendentes", e esclareceu que "todas as formas de humor são bem-vindas", do humor negro ao absurdo.

Os participantes podem enviar os textos a partir de quarta-feira e até 20 abril para o 'site' do prémio Charlie (www.leprixcharlie.fr) para serem submetidos a um júri composto por colaboradores, cartunistas e jornalistas do Charlie Hebdo, incluindo Riss e a cartunista Coco.

O público vai escolher os vencedores entre dez finalistas, numa votação que vai decorrer entre 12 e 26 de maio. Os nomes dos três laureados, que vão receber uma bolsa de mil euros, serão anunciados a 01 de junho no Charlie Hebdo.

Doze pessoas, entre cartunistas e redatores do jornal, foram mortas a 07 de janeiro do ano passado por dois 'jihadistas' franceses que afirmaram "querer vingar" o profeta Maomé, cujas caricaturas foram publicadas pelo Charlie Hebdo.

 

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