Açoriano Oriental
Seguro quer mobilizar "o melhor" dos portugueses para fazer "o que nunca foi feito"
O secretário-geral do PS disse na sexta-feira à noite, em Santarém, ser seu objetivo construir uma "alternativa sentida" que mobilize "o melhor" que há nos portugueses "para fazer em Portugal o que nunca foi feito".
Seguro quer mobilizar "o melhor" dos portugueses para fazer "o que nunca foi feito"

Autor: Lusa/AO Online

António José Seguro falava numa sessão com militantes que se realizou no teatro Sá da Bandeira, em Santarém, num discurso que começou por uma evocação dos “legados” do capitão de Abril Salgueiro Maia, depois de ouvir dirigentes regionais atacarem “a falta de ética” do candidato à liderança do partido António Costa.

Sem nunca se referir diretamente à candidatura do presidente da Câmara de Lisboa, o líder socialista frisou a “simplicidade associada à coragem” legados por Salgueiro Maia, um homem de “convicções, de valores, de princípios”, cuja ação “deve orientar a vida pública e a ação política”.

Antes, Salomé Rafael, presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém, os presidentes das câmaras municipais de Almeirim, Pedro Ribeiro, e de Ourém, Paulo Fonseca, e o presidente da distrital socialista, António Gameiro, não pouparam nas críticas a António Costa, acusando-o não só de querer alterar as regras “porque lhe dá jeito” como de violar a ética.

Paulo Fonseca comparou a candidatura de António Costa à liderança do partido às “lebres que vão correndo à frente em nome de outros interesses” ou aos “testa de ferro” do mundo dos negócios, acusando-o de querer inviabilizar uma alternativa que pode “fazer um Portugal melhor”.

Pedro Ribeiro reforçou que o “ataque” dos ‘media’ a António José Seguro só acontece porque com ele “desaparecerá” a ligação entre o poder económico e o político, o que “assusta muita gente”, e descreveu o líder socialista como alguém que soube manter as suas raízes, conhecendo os problemas da interioridade e da desertificação.

“Entre Lisboa e Penamacor, escolho Penamacor, porque é o homem certo”, afirmou, dando mote à afirmação com que Seguro terminou o seu discurso, a de que “há uma parte de Lisboa que não compreende o país porque não o conhece” e que chegou a altura de ser o país a governar Portugal.

Para António José Seguro, o próximo Governo não pode ser “de turno” nem para fazer “uma coisinha diferente ou ligeiramente melhor do que estes que lá estão”.

“Não, nós não queremos fazer uma coisa ligeiramente diferente ou ligeiramente melhor. Nós queremos fazer aquilo que nunca foi feito em Portugal, um país justo, um país próspero, um país sem privilégios e um país com menos injustiças”, afirmou.

Frisando que “a responsabilidade não se delega”, Seguro pediu a cada um dos que o ouvia para que “sejam os capitães deste grande movimento”.

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