Segurança, saúde e ambiente no topo das preocupações do rali

Quis o destino que fosse no dia 3 do mês 9 do ano de 2021 que Rui Moniz, presidente do Grupo Desportivo Comercial, e António Medeiros, diretor de prova, voltassem a sentar-se para apresentar a mesma corrida que tinham apresentado no dia 9 do mês 3 do ano de 2020. A sombra da pandemia está mais esbatida mas ainda paira por cima do Azores Rallye mas a 55.ª edição da Volta à Ilha já tem a “primeira” metida para ir para a estrada de 16 a 18 de setembro.Assim o garante António Medeiros: “De uma forma geral, a prova está pronta há um ano e meio e não há dificuldades acrescidas. Esperemos que o tempo nos ajude para a prova decorra da melhor forma e os espectadores desfrutem dos excelentes concorrentes que vamos ter cá”.A principal preocupação do diretor de prova prende-se com a rainha do rali, a Tronqueira, a única que está a dar problemas: “Na Tronqueira, que sofreu um deslizamento de terra há uns meses, está a ser alvo de obras mais intensas”, explicou, destacando a colaboração “imprescindível” dos Serviços Florestais e das Obras Públicas.A presença do público nos troços - só não poderá estar no parque de assistência, que contará com uma ligação em direta a partir das redes sociais - é “a principal vitória” para Rui Moniz, fruto da passagem da prova de maio para setembro.No entanto, realçando os cuidados a ter pelo público quando à saúde pública, nomeadamente no que diz respeito à Covid-19, António Medeiros fez questão de realçar a segurança do rali, apelando que os adeptos vão mais cedo para os troços, pois não pode haver movimentação de público 30 minutos antes do primeiro carro.“A questão dos 30 minutos antes é a nossa grande preocupação. Temos a noção que os adeptos tendem a ir no último minuto, a atravessar a estrada. Vai-nos criar esse tipo de dificuldades, estamos a coordenar com a PSP e os marshalls para que os acessos sejam efetivamente bloqueados. Vamos fazer esse esforço para tentar controlar, pois a FIAtem a prorrogativa para parar o rali caso isso não aconteça”.Além da saúde e segurança, também o ambiente está no topo das preocupações da organização, ainda para mais com a certificação ambiental de 2 estrelas atribuída ao Azores Rallye.“Traz mais responsabilidade à organização mas também aos adeptos”, diz Rui Moniz,  explicando que nas zonas de maior aglomeração de público estarão colocados ecopontos, fruto da parceria com as autarquias locais, para que os resíduos não fiquem para trás.O Azores Rallye disputa-se de 16 a 18 de setembro, sendo a quinta prova do Campeonato da Europa de Ralis, e a terceira paragem do Campeonato dos Açores de Ralis.