Açoriano Oriental
São Miguel com muito baixa ocupação para a Páscoa

A ocupação hoteleira para esta Páscoa, período que usualmente é considerado como época alta, será muito baixa, como revelaram ao Açoriano Oriental vários grupos hoteleiros instalados na Região.

São Miguel com muito baixa ocupação para a Páscoa

Autor: Ana Carvalho Melo

Este facto está, segundo explicou a diretora executiva da Ciprotur Hotel Group, relacionado com o contexto pandémico no continente português.

“Apesar dos Açores estarem, interna e externamente, associados a uma imagem segura em termos sanitários, em contexto pandémico, a situação do país nos meses de janeiro e fevereiro e a evolução crescente do contágio nos principais mercados emissores, associadas às medidas restritivas à mobilidade para o período da Páscoa, não auguram uma variação positiva da procura”, explicou Cláudia Faias, que revelou estar a prever uma  taxa de ocupação média para o período da Páscoa inferior a 20%, em consonância com o mês de março.

Também da parte da Bensaude Turismo é revelado que a procura para a Páscoa tem sido “muito ténue e com pouca expressão”.

Os hoteleiros revelaram ainda que a procura que estão registar é essencialmente de turistas do mercado nacional, incluindo o regional.

Neste cenário pouco otimista, as unidades hoteleiras localizadas nas Furnas parecem ser a exceção, estando a registar a uma boa procura quer por locais como por turistas do continente.

“O Terra Nostra Garden Hotel, pelos seus atributos únicos, tem tido uma procura um pouco mais interessante, sobretudo ao fim de semana e por clientes locais”, disse Jorge Aguiar, administrador executivo da Bensaude Turismo.

Também Francisco Moser, managing director da DHM, revelou que o Furnas Boutique Hotel tem “registado bastante procura para a época da Páscoa, com uma taxa de ocupação média para o fim de semana de 1 a 4 de abril a rondar os 75%”, sendo que foi definida um limite de ocupação de 80% para garantir mais espaço e mais conforto para aos hóspedes.

A baixa procura registada nesta época levou também os grupos hoteleiros a manterem encerradas algumas unidades hoteleiras, ponderando agora a sua reabertura à medida que a atividade turística dê sinais de recuperação.

“Ponderamos reabrir progressivamente as unidades hoteleiras que estão com atividade suspensa à medida que o mercado dê sinais consistentes de recuperação”, declarou Jorge Aguiar, da Bensaude Turismo, frisando que esta “abordagem de reabertura está naturalmente associada ao facto de o Grupo Bensaude ter mantido o seu compromisso e efetuado um enorme esforço em garantir hotéis abertos nas ilhas em que está presente, com destaque para Terceira e Faial, para além de São Miguel”. Já Cláudia Faias revelou que o Ciprotur Hotel Group tem três das suas unidades fechadas e não considera reabri-las antes de junho. “Se eventualmente houver alteração de cenário antes de junho, e de alguma forma, se sentir uma variação da propensão para o consumo turístico a situação poderá ser avaliada e revertida”, afirmou.

Por sua vez, o managing director da DHM referiu que o Azor Hotel só reabrirá após a Páscoa, no dia 29 de abril.

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