Autor: Lusa/AO online
“Observámos a aproximação de um avião ucraniano SU-25 em direção ao Boeing malaio e que se encontrava a uma distância de três a cinco quilómetros. O SU-25 pode atingir uma altitude de 10.000 metros. Dispõe de mísseis ar-ar com um alcance de 12 quilómetros e que garantem a destruição de um objetivo até cinco quilómetros”, declarou o general Andrei Kartapolov, do estado-maior das Forças armadas russas, durante uma conferência de imprensa em Moscovo.
“Colocamos a questão: com que objetivo um avião de caça fazia um voo a essa altitude ao mesmo tempo que um avião civil?”, prosseguiu.
O general avançou com outros elementos suscetíveis de acusar as forças ucranianas de terem abatido o avião comercial da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo.
Kartapolov indicou que o avião mudou primeiro de rota, depois tentou regressar à rota original, diminuiu de velocidade e três minutos depois desapareceu dos radares russos, questionando: "Por que motivo saiu do seu corredor? Ou foi por erro de pilotagem ou por uma ordem fornecida pelos controladores aéreos ucranianos”.
O responsável militar também afirmou que no dia da catástrofe, os mísseis terra-ar das forças ucranianas, com capacidade de abater um alvo a 35 quilómetros de distância, estavam posicionados nos arredores de Donetsk.
“Por que motivo as forças ucranianas se encontravam nesse local e contra quem eram dirigidas as armas antiaéreas, quando todos sabemos que os combatentes [separatistas] não possuem aviação?”, prosseguiu.
O general também desmentiu que a Rússia tenha fornecido aos rebeldes pró-russos sistemas de mísseis Buk, suspeitos de estarem na origem do acidente do voo MH17, como tem sido sugerido por Kiev e por Washington.
“A Rússia não forneceu aos insurretos sistemas de mísseis Buk ou outros tipos de armamento e de material militar”, assegurou o general Kartapolov.
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