Açoriano Oriental
Rio escolhe para vice-presidente do PSD José Manuel Bolieiro

O presidente do PSD, Rui Rio, escolheu para novo vice-presidente do partido José Manuel Bolieiro, presidente da câmara de Ponta Delgada, que substitui no cargo Manuel Castro Almeida.

Rio escolhe para vice-presidente do PSD José Manuel Bolieiro

Autor: Lusa/AO Online

“José Manuel Bolieiro é a partir de agora o novo vice-presidente do PSD, substituindo no cargo Manuel Castro Almeida”, anuncia o partido, numa nota enviada à imprensa.

O anúncio do novo 'vice' surge horas depois de ser conhecida a demissão de Manuel Castro Almeida, que afirmou ao Público ter renunciado formalmente ao cargo de vice-presidente em 20 de junho.

Numa publicação na sua conta da rede social Twitter, Rui Rio descreve José Manuel Bolieiro como "um homem culto, leal e dedicado à causa pública".

"Vem para ajudar; o PSD e o País", acrescenta o líder social-democrata.

José Manuel Bolieiro, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, é presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, desde 2012.

De acordo com a nota à imprensa do PSD, Bolieiro é também presidente do conselho de administração da Associação de Municípios da ilha de São Miguel, membro da assembleia intermunicipal da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores, membro do conselho diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses e, em representação desta, integra ainda o Conselho Nacional de Educação.

Foi deputado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (1998-2009) e exerceu funções de presidente do Grupo Parlamentar do PSD na Região Autónoma. Foi secretário–geral do PSD/Açores entre 1997 e 2005 e vice-presidente desta estrutura.

“Bolieiro passa, assim, a integrar a direção de Rui Rio como vice-presidente, juntando-se a Nuno Morais Sarmento, David Justino, Salvador Malheiro, Elina Fraga e Isabel Meirelles”, acrescenta a nota.

O nome de José Manuel Bolieiro terá ainda de ser votado na próxima reunião do Conselho Nacional, que se deverá realizar até final de julho.

De acordo com os estatutos do PSD, compete ao Conselho Nacional “eleger o substituto de qualquer dos titulares da Mesa do Congresso e da Comissão Política Nacional, com exceção do seu Presidente, no caso de vacatura do cargo ou de impedimento prolongado, sob proposta do respetivo órgão”.

O jornal Público noticiou hoje que o vice-presidente do PSD Manuel Castro Almeida se demitiu do cargo no final de junho, depois de manifestar, por diversas vezes, ao presidente do PSD o seu descontentamento com o rumo do partido, antes até das eleições europeias de 26 de maio.

“Formalizei a minha demissão no passado dia 19 de junho em conversa com o presidente [do PSD, Rui Rio] e, no dia 20, formalizei a minha renúncia por escrito”, disse ao Público Castro Almeida.

Contactado pela Lusa, o antigo autarca de Santa Maria da Feira limitou-se a confirmar a sua renúncia formal ao cargo há mais de duas semanas, escusando-se a fazer mais comentários ou a adiantar os motivos na base desta decisão.

Fonte próxima da direção do PSD disse à Lusa que o antigo autarca deixou de comparecer às reuniões da Comissão Permanente e da Comissão Política Nacional há cerca de um mês e que, perante esta situação “insustentável”, foi proposto a Castro Almeida que fosse feita a sua substituição de uma forma menos prejudicial ao partido a três meses das eleições.

No entanto, segundo a mesma fonte, a resposta a esta proposta "coincidiu" com a publicação da notícia de hoje no jornal Público.

Manuel Castro Almeida foi presidente da Câmara de São João da Madeira (Aveiro) entre 2001 e 2013 e secretário de Estado do Desenvolvimento Regional no anterior Governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho.

Na direção de Rui Rio, assinou em representação do PSD um acordo com o Governo sobre fundos comunitários, cujo objetivo era que Portugal não perdesse fundos no próximo quadro europeu.

Esta é a segunda baixa na direção de Rui Rio desde a sua eleição em Congresso em fevereiro de 2018, mas a primeira a dever-se a divergências políticas.

Apenas um mês depois do Congresso, o então secretário-geral do PSD, Feliciano Barreiras Duarte, demitiu-se, depois de notícias relacionadas com irregularidades na sua licenciatura e dúvidas sobre subsídios que recebia enquanto deputado.


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