Açoriano Oriental
Reunião do gabinete da crise do leite "não foi totalmente conclusiva"
O secretário regional da Agricultura e Ambiente dos Açores disse hoje que a reunião do Gabinete de Crise para os Setores do Leite e da Carne de Suínos (GCLS) "não foi totalmente conclusiva".
Reunião do gabinete da crise do leite "não foi totalmente conclusiva"

Autor: Lusa/AO Online

 “Não foi uma reunião ainda totalmente conclusiva, porque foram discutidas várias possibilidades de aplicação do pacote financeiro da Comissão Europeia que vem para o nosso país”, declarou à agência Lusa Luís Neto Viveiros, no final do encontro, em Lisboa, presidido pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

O GCLS, criado pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, visa o “acompanhamento da evolução dos mercados dos setores do leite e de produtos lácteos e da carne de suíno”, promovendo uma “maior articulação e cooperação” entre os vários operadores da cadeia alimentar, produção, indústria e distribuição, e propondo medidas tendentes à “mitigação dos impactes negativos” nos setores em causa.

Neto Viveiros referiu que no encontro foram apresentados os critérios de aplicação das medidas aprovadas e anunciadas no último Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia.

Em causa está um pacote de 150 milhões de euros a distribuir por todos os estados-membros para os produtores que reduzam a produção de leite num determinado período de tempo.

Este pacote é gerido pela Comissão Europeia e traduz-se numa ajuda 12 cêntimos por litro de leite que seja reduzido, tendo como referência períodos homólogos de 2015 e 2016 ou final de 2016 e 2017.

O governante açoriano adiantou que um segundo pacote, que pode ser gerido pelos estados-membros, no valor de 350 milhões de euros, cabendo quatro milhões a Portugal, terá que "obedecer a um conjunto de critérios" estabelecidos pela Comissão Europeia.

“Refiro-me a critérios que tenham a ver também com a redução da produção dos agricultores que se candidatarem, privilegiando-se os pequenos agricultores, a agricultura de menor dimensão e os que usam métodos de produção mais amiga do ambiente”, frisou.

Os Estados-membros têm até dia 25 de agosto para apresentarem as suas propostas, sendo que o Governo Regional vai trabalhar a proposta açoriana para poder “tirar o máximo partido possível” dos fundos.

Nesse contexto, já segunda-feira, num encontro do Centro de Leite e Laticínios vai ser discutido com os parceiros nos Açores esta matéria.

O mês passado, Neto Viveiros disse que o Governo Regional iria exigir metade dos quatro milhões de euros destinados a Portugal.

“Aquilo que nós vamos exigir do Governo da República, à semelhança do que fizemos no passado recente, considerando aquilo que é o peso dos laticínios no espaço nacional - produzimos mais de 30% do leite nacional e quase 50% do queijo -, a repartição justa dessa verba será na casa dos 50% para a região e 50% para o espaço nacional”, afirmou na ocasião o responsável.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados