Autor: Lusa / AO online
Numa pesquisa rápida e aleatória na Net, a Lusa descobriu que, por exemplo, o regulamento interno da Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia, no Funchal, Madeira, reza que os alunos devem evitar calções de praia, “minissaias exageradas”, tops e camisolas de alças, vestuário roto, camisolas demasiado curtas e vestuário de cintura muito descida.
Segundo o regulamento, estas são “formas de trajar inadequadas à escola”, que podem “prejudicar o equilíbrio social” da mesma.
Já o Colégio de Albergaria obriga os alunos a vestir “roupas de uso normal, tendo em atenção os padrões médios de vestuário”.
“A roupa deve estar limpa e asseada, devendo os alunos vestir-se com decoro, evitando as peças extravagantes. É proibido o uso de minissaias, roupa decotada e transparente por parte das meninas, bem como o uso de calções a rapazes com idade superior a 13 anos”, lê-se no regulamento do colégio.
Neste estabelecimento de ensino particular, os rapazes são ainda obrigados a ter o cabelo curto e sem pinturas, e não podem usar brincos e/ou piercings.
O jornal “Correio da Manhã” noticiou hoje que a Escola Secundária Dr. Jorge Correia, em Tavira, foi palco de uma onda de protestos, na terça feira, devido a um aviso da direção relativo ao uso de roupas “de verão”.
Segundo o jornal, o aviso, afixado em vários pontos do estabelecimento de ensino, recomendava a alunos, professores e funcionários que não usassem chinelos, calções de praia, ou qualquer peça de vestuário “demasiado curta”.
Fonte do Conselho Executivo de uma escola secundária de Viana do Castelo explicou à Lusa que “é normal” os regulamentos internos “conterem algumas orientações” quanto ao vestuário a usar dentro dos estabelecimentos de ensino, “para que haja legitimidade para atuar sempre que se detetarem exageros”.
“Há algumas escolas que se perdem um bocadinho em preciosismos e acabam por ser notícia, mas a verdade é que, mais que imposições, o que se pretende é transmitir normas de conduta, para que não haja problemas”, acrescentou a fonte.